domingo, 6 de julho de 2014

A SALVAÇÃO DO SALVO E A CONDENAÇÃO DO CONDENADO

“Chamamos predestinação o eterno decreto de Deus pelo qual houve por bem determinar o que acerca de cada homem quis que acontecesse. Pois ele não quis criar a todos em igual condição; ao contrário, preordenou a uns a vida eterna; a outros, a condenação eterna. Portanto, como cada um foi criado para um ou outro desses dois destinos, assim dizemos que um foi predestinado ou para a vida, ou para a morte.” (Institutas, vol. III, pág. 388)


Esta é, portanto, a definição calvínica da bifurcada Predestinação.


Todo homem, mulher e criança ao serem inseridos no contexto existencial do mundo, já o fazem com seu destino inteiramente traçado e definido, ou seja: Deus a uns poucos escolheu para a vida eterna; e todo o resto condenou para a morte eterna, sem que naqueles primeiros haja qualquer mérito ou virtude ou iniciativa de escolha ou de livre-arbítrio em razão do que se tenham feito merecedores de tal infindável bem-aventurança, mesmo havendo sido imutavelmente para tal venturoso desfecho destinados ou predestinados; e sem que aqueles últimos, embora igualmente e diametralmente despidos de livre-arbítrio, possam dizer-se inocentes ou injustiçados, ainda que desde a eternidade, antes da fundação do mundo, criados, programados, construídos, projetados para viverem uma vida plena de malignidade, com as costas viradas para Deus, e, ao final de sua trajetória terrena, serem mergulhados de modo sempiterno na lama de enxofre açoitada pelas chamas do inferno...

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