quinta-feira, 30 de maio de 2013

INTERMINÁVEIS E VOLÁTEIS SUPOSIÇÕES

Desde seus primórdios, o mundo e seus habitantes vivem qual embarcação à deriva, chacoalhada por ventos de toda estirpe, vigor e direcionamento.

Nada ou quase nada há, entre os viventes, passível de asseverações categóricas, simplesmente porque nós, os viventes, sob o balouçar daqueles ventos, embora investigadores e esquadrinhadores por natureza e à nossa peculiar maneira, não aprendemos, não descortinamos, não tocamos o âmago da existência.

Tudo passa pelo crivo do tempo e pelo tempo sofre alterações ditadas por modismos, por delírios, por “verdades” que são e têm sido religiosamente abandonadas, ou revistas em sua síntese, ou ainda remodeladas desde sua incipiência ou estrutura rudimentar.

Mesmo aquilo, tudo aquilo, todas aquelas cerimoniais e duradouras “convicções”(sic) humanas, que por séculos pareciam emolduradas pelo aprofundado conhecimento ou até por suposta obviedade, igualmente cedem terreno para o desenrolar do tempo, não raro de maneira deprimente; por vezes, de modo tristemente grotesco.

Deus é, sempre foi, continua sendo a esperança unívoca e insusceptível.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

CONVERSÃO




O HOMEM SE CONVERTE

Na expressão, trata-se de pronome reflexivo ou partícula apassivadora, à luz da explanação soteriológica contida na Bíblia Sagrada, isto é, segundo os parâmetros de exegese que adotem como norteamento o discernimento espiritual?

Dito de outro modo, haveria alguma fração de espontaneidade na criatura homem imersa na misericordiosa insondabilidade do Criador e, ainda que de maneira absolutamente indefinível, capaz de reflexionar-lhe o pós-morte?


terça-feira, 28 de maio de 2013

RARA INTROSPECÇÃO

Poucos homens e mulheres há capazes de, em silente pensamento, reconhecer e elogiar a virtude do próximo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

REVENDO CONCEITOS


A irrestrita condenação do extremismo não seria uma atitude extremista?

Verbalizando diferentemente:


A gratuita condenação do extremismo não seria uma astuta maneira de alimentarmos nossa indolência e nosso egoísmo?

sábado, 25 de maio de 2013

PECULIARIDADE MÓRBIDA

Os homens, por serem criaturas gregárias dotadas de notável capacidade de raciocínio, morreriam se vivessem isoladamente. Todavia, e em extremada antinomia ou doentio paradoxo, vivendo em sociedade, matam-se uns aos outros, exatamente em face da incapacidade de convivência.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

ECOS DE UM DIÁLOGO

Ouvi, certa vez, alguém dizer de seu desconforto e até embaraço diante de decisões e posturas que se adotam no curso da vida.

Discorria ele sobre as coisas que necessariamente e inevitavelmente sucedem na vida de qualquer vivente, e que constituem o rotineiro dia-a-dia, lado a lado com aquel’outras que despidas de imperiosidade e, portanto, perfeitamente evitáveis, adiáveis ou lançáveis ao perpétuo esquecimento.

O referenciado embaraço vinculava-se (e vincula-se) essencialmente à imprescindibilidade de exercício salutar da racionalidade e do discernimento, máxime tratando-se de cristão na acepção pura (não distorcida) do vocábulo.

Tudo começou (prosseguiu ele) com a leitura atenta e submissa da Palavra de Deus, segundo a qual a simplicidade representa uma das virtudes viscerais do ser humano, aliadamente à mansidão, à longanimidade, à humildade, ao refreamento da língua; tudo isso, entre outras nuanças existenciais, sofrendo constantes ameaças derivadas da inquietante questão da vaidade por consectário da qual podem sobrevir percalços e até mesmo tragédias pessoais, familiares e comunitárias.

Mantive atentos os ouvidos e achei interessantes as exemplificações práticas apresentadas pelo meu interlocutor, ele que se propôs a si mesmo uma série de questionamentos acerca das razões que levam o ser humano a empreender pensamentos, esforços, sinergia e, recorrentemente, à entrega total em busca de alvos específicos que jamais se exaurem, eis que parece haver uma insaciável sede de realizações (se assim se puder chamar) pessoais, avidez essa incrustada e acalentada no íntimo de cada qual.

Dizia audivelmente e introspectivamente: Por que não me basta possuir uma casa onde eu possa abrigar-me a mim e à minha família, sem que essa casa tenha de ser ampla e luxuosa em seu exterior e no interior?

Por que não me contento em ter um bom emprego através do qual eu obtenha o honesto sustento? Por que, além do emprego, eu tenho (não raro, a qualquer custo) de ocupar posição de destaque, ser líder, ser chefe, ser presidente, ser dono?

Por que, vivendo num país de dimensões extraordinárias e com paragens e paisagens deslumbrantes, tenho de “obrigatoriamente”(sic) realizar viagens de caráter exclusivamente diletante, por exemplo, à Europa e a outros longínquos Continentes e/ou países?

Por que essa incontida necessidade de voar por sobre oceanos com o objetivo unívoco (embora maquiado) de estar na Europa, de ser conhecedor da Europa ou de outro Continente, de ser “íntimo”(sic) de aeroportos além-mar, de pisar no asfalto da Suécia, de lançar olhos à Estátua da Liberdade, de comer em restaurantes onde o cardápio e os garçons se expressam em outra língua?

A verdadeira razão não residiria no irresistível prazer de, quando do regresso, poder narrar em detalhes e com indisfarçável orgulho ao meu círculo de convivência que ganhei o valioso status de “viajante internacional”, que sou importante, que ao meu currículo acrescentei essa impreterível variante da vida?

Por que, possuindo um dentre tantos meios de transporte, imponho-me o desejo insufocável de adquirir um automóvel? Por que meu automóvel tem de ser cada vez mais novo, mais valioso, preferencialmente “importado” e freqüentemente blindado?

Por que observo com olhar estranho a elegante indumentária do meu próximo, ato contínuo inserindo no íntimo a pretensão de comprar algo equiparável ou ainda, e  primazialmente, de maior valor?

Por que, no âmago organizacional das instituições religiosas cristãs, eu procuro ocupar sempre o cargo ou a função que me proporcione maior proeminência pessoal aos olhos da comunidade?

Por que aquele anel enorme inserido no dedo, como que a proclamar minhas assim chamadas credenciais de “doutor”(sic) ou meus apregoados dotes acadêmicos?

Por que procuro sempre o melhor lugar de assento, as maiores honrarias, ser o centro de atenções, ter ascendência sobre olhos e ouvidos de pessoas e estar sempre em (máxima) evidência?

Por que essas e inumeráveis outras coisas que, ao invés de aformosear, tornam a vida tão impregnada de futilidades e bagatelas?

As exemplificações, acrescentou o meu amigo e interlocutor, são quase inesgotáveis.

E, pondo fim ao nosso pouco delongado diálogo, arrematou, em típico autoquestionamento: Por que jamais me proponho apenas servir ao próximo, externar a ele o amor bíblico, preocupar-me com seu bem-estar físico e anímico? Por que minha oração, que ouso dirigir ao Deus Eterno, não revela prioridade absoluta para meu credenciamento espiritual por obra e misericórdia do Senhor Jesus?

Meditamos, ambos, naquele momento, se não estaríamos nós, seres humanos, numa espécie de aprisionamento decorrente das várias, sombrias e funéreas facetas da vaidade, as quais, não obstante passíveis de racionalizada e analítica percepção, são raras vezes percebidas?

quinta-feira, 23 de maio de 2013

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E A ÉTICA BÍBLICO-CRISTÃ

A cada dia, a cada ano, ganha mais “desenvoltura”(sic) a prática de remoção de órgãos de assim chamados doadores e reinserção deles em outras pessoas, chamadas donatárias ou receptoras.

É um tal de arrancar rim, arrancar olhos, arrancar fígado, arrancar coração, arrancar pele, arrancar pulmão, arrancar ossos, arrancar orelha, arrancar medula, sugar sangue, arrancar sabe-se lá mais o quê!

E tudo em prol da apregoada, estimulada e propagandeada generosidade consubstanciada na doação de órgãos que tem como objetivo igualmente reputado como generoso ou abnegado (ou heroico, para alguns) suprir as necessidades prementes de pessoas que se encontram em complicado ou grave estado de saúde para cuja solução, segundo a ótica de cientistas, o transplante seria o único meio possível para “salvar” a vida do desafortunado doente.

O fato é que tudo isso se tornou tão popularizado e tão alastradamente praticado, que chega a aparentar contornos quase de banalidade ou algo rotineiro, com a diferença de que, para alguns (muitos) criminosos médicos e não-médicos, completamente descompromissados com qualquer estirpe de escrúpulo, a “doação” de órgãos tornou-se uma atividade extremamente lucrativa (embora notoriamente macabra), ao ponto de se praticar abertamente o tráfico nacional e internacional de órgãos e, para isso, até mesmo o assassinato de pessoas com a única e unívoca finalidade de “esquartejamento” pró-doação.

Agora, imagine-se tudo isso num país onde a baderna, a criminalidade generalizada e a corrupção deslavada e impune são a tônica! Imagine-se tudo isso num contexto de grande número de profissionais da área médica fraudulentamente diplomados (vestibulares burlados, faculdades de baixíssimo nível, professores sem o imprescindível credenciamento curricular etc.) e sob vários ângulos de análise despreparados, inclusive em termos de ética, além de, em síntese, flagrantemente incompetentes!

O resultado prático que de quando em vez, em conta-gotas, aparece em uma ou outra reportagem jornalística ou televisiva, é que verdadeiras quadrilhas de médicos em conluio com plúrimos tipos de facínoras, infiltrados em hospitais e em outros variados tipos de instituições, arranjam sempre uma maneira de “apressar” a morte dita cerebral de alguém (já se viram numerosas reportagens nesse sentido), no intuito de nele levar a cabo uma série de práticas que encheriam de inveja até o Estripador de Londres (o folclórico Jack The Ripper).

Especificamente em relação à doação em si de órgãos (alheando-me por um pouco daquelas doações “compulsórias” ou “clandestinas”), pergunto-me, freqüentemente: Seria isso racional? Seria isso um ato revelador de amor cristão e desprendimento espiritual? Seria isso compatível com a vontade de Deus? Seria isso Bíblico? Seria isso uma demonstração inequívoca de amor ao próximo como a si mesmo?

Por esse ângulo de pensamento, faz-se imprescindível destacar aquilo que todos os profissionais da área médica sabem mas que evitam claramente comentar, ou seja, que pessoa “diagnosticada”(sic) com suposta morte cerebral ou dita como cerebralmente inativa jamais poderia ser equiparada a um morto ou a um cadáver, no significado óbvio e sabido por qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta, seja de que classe social for.

Em alguns persistentes momentos, a mim se me ocorre que tanto a doação quanto a recepção de órgãos (pulmão, rim, fígado, coração, olhos, ossos, peles, orelhas, dedos etc.) seriam perfeitamente dispensáveis quando se considerar que a morte física é apenas a morte física e que a cura de enfermidades é sempre resultado de um milagre e que milagres provêm unicamente de Deus. Em outras palavras, se a doença se agrava ao ponto de indicar morte iminente, por que não nos colocarmos apenas e tão-somente nas mãos do Criador, quer vivos, quer mortos fisicamente?

Por que não morrer, retendo a firme convicção de que a vida eterna se nos abre pelas Promessas do Senhor Jesus? Por que não a dignidade de uma morte na presença de Deus? Apenas morrer e ser conduzido à sepultura! Por que buscar a cura (conjecturada cura) a qualquer custo, ‘inda que seja estripando doadores cuja suposta e triste morte cerebral” declarada por médicos representa morte "celebrável" para pessoas que guardam lugar na fila de espera de órgãos? Além do mais, insisto, morte encefálica pode ser considerada morte na acepção plena? Quem o diz? E quanto à alma ou ao espírito imortal resultante do sopro de Deus?

Retirar órgãos, desventrando ou rasgando de alto a baixo pessoas declaradas como cerebralmente mortas, ou quase-mortas, ou semimortas, ainda que diante de batimentos cardíacos, ainda que com sabida circulação sanguínea, ainda que com sensibilidade corporal, não seria uma modalidade patente de homicídio ou, quando mínimo, uma explícita exibição de falta de ética e de ausência de sensibilidade cristã?

quarta-feira, 22 de maio de 2013

DISCRIMINAÇÃO MANIFESTADA, MAS NÃO NOTADA

Intrigante e esdrúxulo como pessoas (determinadas e escolhidas pessoas) são rotuladas neste país, nas ruas, em aglomerações, shoppings, órgãos públicos, escolas, televisão, jornais, igrejas, sarjetas.

Há estereótipos desde agressão escancarada, até chalaças, passando por expressões supostamente apropriadas ou aparentemente respeitosas, dirigidas ao trabalhador comum, ao homem do povo, aos homens e mulheres que enfrentam corajosamente o dia-a-dia deste país, ao mendigo, ao adepto de drogas, aos delinqüentes que não se vestem com requinte.

Para se fazer referência a alguém tomam-se aspectos físicos como “inspiradores”(sic) das mais diversas bobagens verbais. Daí, o surgimento de pérolas como: “o gordinho”; "o moreno" (em alusão ao negro); “o careca”; “o manquitola”; o “negro de alma branca” (ridícula ofensa impregnada de preconceito); “o velhote”; “o esquisitão”; ou mesmo aquele conhecido hipocorístico feminino: “o vôzinho ali”; e por aí vai...

Claro que todo esse arsenal de invectivas cessa quando se está diante de pessoa bem trajada, paletó e gravata, reluzente “anelaço” de grau no dedo. E se estiver portando maleta perceptivelmente de boa qualidade, a reverência cresce e chega ao extremo caso a pessoa, com toda essa visibilidade, desça de um carro de último tipo e exiba um andar bem “empinado”, ombros esticados, gestos estudados, tom de voz autoritário, ainda que o perfil físico seja do tipo saruê, careca, barrigudo e manquitola.

E caso se trate de pessoa cuja família detenha destaque na sociedade, mesmo sendo viciado inveterado em drogas pesadas, espancador de esposa e de filhos, bolinador de crianças, e praticante de outros delitos, não perderá seu grande “status”, porquanto, na pior das hipóteses, a ele se referirão como “dependente químico”, “dependente genital”, “dependente patrimonial”, “clopemaníaco” etc.

Mas o objeto principal deste texto diz com o tratamento “dispensado”(sic) às pessoas que contam com idade a partir de sessenta anos; bem como àquelas que se aposentaram após décadas de trabalho honrado e honesto.

De modo inteiramente injustificável, por falta de educação, por menosprezo, por discriminação consciente ou decorrente de ignorância explícita, fato é que pessoas neste Brasil, ao atingirem a simples e corriqueira idade de sessenta anos, passam a ser tratadas como “idosos”, ganham a pecha de “idosos”, são apelidadas, identificadas, separadas, ridicularizadas, desrespeitadas, agredidas, maltratadas em hospitais como “idosos”; são punidas por Planos de Saúde como “idosos”, pressionadas pelos filhos a repartir-lhes a herança, abandonadas pelos filhos como “idosos” (mormente se portadoras de enfermidade).

E o que também chama fortemente a atenção são as matérias dos meios de comunicação (a tal mídia), onde pessoas a partir de sessenta anos perdem a identidade, o nome, a autodeterminação, a privacidade, a cidadania, na medida em que todas as referências principiam com: “o idoso fulano de tal”, “idoso de sessenta anos foi assaltado”, “idoso de sessenta anos foi morto”, “idoso de sessenta anos passeia de mãos dadas com a esposa” (esta, entrecortada por um insuportável chiste do tipo “que gracinha!”), “idoso imobiliza e prende ladrão”, “idoso vence maratona”, “idoso não consegue atendimento em hospital”, “idoso morre ao ser atacado por ladrão”, “idoso é esfaqueado pelo filho dependente químico”, “idoso é decapitado pelo vizinho”...

E mais: São rotineiras reportagens nas quais pessoas (desde que algo grisalhas e aparentando sessenta anos ou mais), além de grosseiramente apelidadas de “idosas”, sofrem invasão da intimidade/vida privada pelo acréscimo de mais uma adjetivação: “idoso aposentado Fulano de Tal reclama do atraso em voo”. Quer dizer, o cidadão, além de relegado a uma espécie de “segunda classe existencial”, ainda se vê humilhado com a pejorativa referência à sua aposentadoria!

Isso é algo horroroso e gritantemente inaceitável. Fazer referência a alguém como “aposentado Fulano de Tal” configura uma esquisitice e uma indelicadeza que jamais poderiam passar despercebidas, como é a tônica em um país de um povo heroico, cujo brado já se vez ouvir às margens plácidas do Ipiranga.

Mas eis que surge a outra face da história. Suponho, ou melhor, retenho convicção absoluta, que seria inconcebível em veiculações midiáticas disparates do tipo “o idoso Presidente da República” (mesmo contando Sua Excelência com mais de sessenta anos); ou “o idoso aposentado ex-Presidente da República” (todos eles já ultrapassaram a marca de sessenta anos); “o idoso Ministro”; “o idoso Senador da República”; “o idoso Pastor Protestante”; “o idoso escritor com assento na Academia Brasileira de Letras”; “o idoso ator ou a idosa atriz”; “o idoso apresentador de telejornal”; “o idoso narrador esportivo”; “o idoso articulista de revista ou periódico”.

O próprio Estatuto do Idoso (Lei Federal 10741/03), pelo modo como redigido, ao invés de traduzir honraria a pessoas maiores de sessenta anos (que, nesse específico estágio de vida, decididamente não são idosas) representa convite à discriminação, tanto a esses como àqueles que concretamente estejam avançados em idade, podendo eventualmente ser chamados de idosos, não como permanente e depreciativo rótulo, mas em situações típicas (não padronizadas) que reclamem com naturalidade e elegância essa adjetivação.

Todo ser humano, de qualquer origem, tenro ou verazmente idoso/provecto, seja enfermo, aleijado, cego, mentalmente debilitado, mal trajado ou vestido com apuro, capaz ou incapaz, cidadão comum ou autoridade, deve ser alvo de absoluto respeito, sem que isso represente favor ou atitude que mereça louvor.

A idade ou  a eventual aposentadoria definitivamente não podem servir de rotulação de qualquer pessoal, mormente no sentido obviamente depreciativo em que tal excrescência se dá no contexto de incontáveis situações e lugares do dia-a-dia.
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