quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A REDE GLOBO DE FATO APOIOU INCONDICIONALMENTE A REVOLUÇÃO OU GOLPE MILITAR DE 1964. E, AO CONTRÁRIO DO QUE APREGOA, SUA CÚPULA JAMAIS RETIROU ESSE APOIO

No transcorrer da difusão de seu principal Telejornal em 28ago2018, inacreditável o escorregão vexatório da Rede Globo relativamente às declarações do candidato militar Bolsonaro à Presidência da República, segundo o qual essa emissora, pelo seu mandatário Roberto Marinho, fato público e notório, declarou apoio incondicional à Revolução Militar de 1964, também conhecida como Golpe Militar de 1964, que remonta a mais de meio século.

Visivelmente embaraçada e não tendo como esconder o óbvio, a emissora Rede Globo, no afã de tentar "consertar" sua postura de 1964, declarou no horário dito nobre de seu Telejornal que realmente esse apoio explícito ocorrera, mas que no ano de 2013, através de Editorial, a mesma Rede Globo teria desfeito o que fizera ou desdito o que dissera, isto é, verbalizando que o referido apoio teria sido "um erro".

A emissora Rede Globo conseguiu a proeza de piorar muito sua reputação relativamente a esse episódio, por dois vulcânicos motivos:

1. Soa como desajeitada anedota a afirmativa de que esse conglomerado de televisão veio a meditar, raciocinar, entender ou concluir que errara ao apoiar a Revolução ou Golpe Militar de 1964 somente no ano de 2013, ou seja, QUARENTA E NOVE ANOS DEPOIS. Isso estala tal qual criancice ou puerilidade. Demorar Quarenta e Nove Anos para "retirar" o apoio que dera à Revolução ou Golpe Militar chega a ser risível!!!

2. E mais: A Rede Globo também deturpou ou tentou maquiar o fato inapagável de que também não é verdade que o mandatário Roberto Marinho haja "voltado atrás" em seu apoio à Revolução ou Golpe Militar em 2013, simplesmente porque esse respeitável senhor falecera em 2003, ou seja, DEZ ANOS ANTES.

Em suma: O Sr. Roberto Marinho, ao contrário das evasivas da emissora Rede Globo, JAMAIS retirou seu apoio à Revolução ou ao Golpe Militar de 1964.

Por conseguinte, aquilo que milhões de pessoas ouviram durante a entrevista do candidato Bolsonaro aos dois ilustres Jornalistas do Jornal Nacional na data de 28ago2018 simplesmente, além de não refletir a realidade, deixou a péssima impressão ou a já sedimentada constatação de que os meios de comunicação, via de regra, limitam-se a adotar o "jeitão" que seja mais conveniente aos seus interesses.

E, na época da Revolução ou Golpe Militar, o supremo interesse da Rede Globo era não colocar em risco sua posição empresarial do ramo de Telecomunicações, por isso que preferiu propositadamente "cometer o erro"(sic) de manifestar seu incondicional apoio àquele episódio do militarismo brasileiro na década de 1960. Quarenta e nove anos depois, e também em resguardo de seus "sagrados interesses" do momento, vem a público e manifesta solenemente que o referido apoio "fora um erro", e assim o faz ou fez porque não há mais situação de risco quanto a sofrer represálias por parte dos que promoveram e encabeçaram a tal Revolução ou o tal Golpe Militar de 1964.

Que a emissora Rede Globo não se sinta constrangida ou, como perceptível, evidentemente desconfortável em relação a isso, ao ponto de cometer essa gafe de forçar seus narradores do Jornal Nacional a "abrir aspas" e declamar, qual composição poética, nota de retratação com a ânsia de tentar maquiar ou suprimir o insuprimível. Pior ainda considerando que o ilustre mandatário desse conglomerado de telecomunicação, se efetivamente mudara de opinião (direito inquestionável dele), não o pôde fazer, ele próprio, em razão de seu passamento dez anos antes.

Apoiar a Revolução ou Golpe Militar de 1964 não configura crime. Muitos outros e muitas outras também o fizeram.

sábado, 25 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018: Justificativas de uma Eleitora que se recusa a votar

As razões que me impedem de votar e que me conduzem à abstenção nas Eleições Presidenciais deste ano de 2018 são estas.

O Brasil vive, há empoeiradas décadas, dias conturbados, imerso em elastecida desordem e deprimente caos social. A criminalidade e a completa ausência de seriedade neste país superam qualquer projeção ou expectativa mais pessimista, alastrando-se qual doença epidêmica.

A vida humana tornou-se algo completamente descartável e sob a complacência de um Estado inerte, incapaz, indolente e inveterado promotor de pândegas.

As instituições ditas e tidas como Democráticas de Direito não passam de um arremedo ou de uma caricatura, tal o cenário com mais de duzentos milhões de cidadãos, dos quais sessenta e três mil são mortos ou assassinados todos os anos, sem que isso signifique estarrecimento por parte daqueles que aparentemente governam, legislam e ocupam posições nos Três Poderes de uma claudicante República.

A classe política desde sempre ocupa as páginas e os noticiários dos meios de comunicação de massa via de regra em razão de escrachada corrupção, envolvendo as mais inacreditáveis trapaças com o dinheiro público.

Os discursos grotescos, não obstante, continuam os mesmos, representativos de escárnio e agressão explícita às pessoas de bom senso, de boa sensibilidade e com noção mínima entre o aceitável e legítimo e a pantomima indescritivelmente ridícula.

Num país que se pretende Democrático de Direito, a imposição do voto, a compulsoriedade do voto denota a negação ou a antítese da gregariedade verdadeiramente democrática e balizada por normas jurídicas hígidas, mormente quando se tem em mente que o povo é o detentor do poder ou a emanação unívoca desse poder, e, com essa credencial, jamais poderia ser alvo de coerção estatal, pois que isso configura gritante desfiguração da expressão constitucional e estranha usurpação.

Dito de outro modo, é insuportavelmente contraditório que, no Brasil, se reconheça solenemente a soberania da vontade popular como fonte única do poder e, ao mesmo tempo, se obrigue o soberano povo a "exercer sua soberania", sob pena de multas, masmorras e cadafalsos...

Como brasileira, sinto-me objeto de motejo por parte dos candidatos que ocupam posições na corrida eleitoral com possibilidades de virem a ser eleitos, na medida em que quase todos esses têm seus nomes envolvidos seja em investigações policiais, seja em inquéritos já instaurados, seja em processo criminal, e, por conseguinte, vejo-me enodoada por um sistema político nauseante, que teima em manter-se tal qual precisamente em decorrência da omissão do Estado no preparo de leis matizadas por inconfundível austeridade.

Não bastassem todas essas variantes, há ainda a considerar a de todos sabida susceptibilidade das tais urnas eletrônicas a fraudes e manipulações variadas, fato já demonstrado categoricamente por especialistas até mesmo a Ministros do Tribunal Superior Eleitoral. E tudo permaneceu como d'antes, não se deu a menor importância, como se tal vulcânica absurdeza representasse apenas um "detalhe eleitoral"(sic).

Nem mesmo países com notório avanço tecnológico, nem  mesmo as maiores potências mundiais, fazem uso de urnas eletrônicas em suas eleições simplesmente em decorrência da óbvia fragilidade desse sistema, facilmente manipulável por hackers e, portanto, o resultado das eleições jazeria à mercê de adulteração por criminosos...

E por que cargas-d'água no Brasil se insiste em urnas eletrônicas?!

Pobre eleitor brasileiro!! Pobre contribuinte!!

Como cidadã, como POVO, não compareço às urnas, não voto, abstenho-me como eleitora em decorrência deste conjunto de justificativas, convicta de se tratar de intocável direito meuindependentemente de as vigentes normas legais, incluindo a enciclopédica e confusa Constituição Federal, declararem em contrário e de modo raso, amorfo, inconsistente e insustentável.

Não há candidatos plausíveis. Não há perspectiva política, enquanto perdurante a lamentável mentalidade ou a cultura do niilismo que a nós todos nos priva de dignidade tristemente.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

A MARCHA

O tempo e a vida se esvaem na órbita de uma transcendência que jaz em si mesma ininterrupta.
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