terça-feira, 8 de julho de 2014

A INDISTINTA MARCA DISTINTIVA

“Porque não sabemos quem pertença ao número dos predestinados, ou não pertença, assim nos convêm tratar a todos, querendo que venham a ser salvos. Assim procuraremos fazer com que todos sejam participantes de nossa paz. Mas, nossa paz repousará somente sobre os filhos da paz.” (Institutas, vol. III, pág. 424)

Mas o próprio escritor, ele próprio, declara que não se tem conhecimento sobre quais sejam os privilegiados com a preordenação eletiva e como poderia afirmar que "nossa paz" há de alcançar exclusivamente os filhos da paz?

Nós quem?

Estaria o doutrinador em questão apto a se dizer ou a se reconhecer como salvo, ou, mais exatamente, como predestinado, enquanto vivo estiver, uma vez que não conhece o futuro?!

Quiçá aconteceria que, a certa altura da vida, seja ele despertado para seu imutável destino de perdição, ou, preferivelmente e muito desejavelmente, o inverso haverá também de ser estritamente verdadeiro, isto é: o que se pensa perdido, de repente se mostra desperto pela marca indelével da predestinação para a vida eterna...

O raciocínio predestinatório, puro e simples, pura e simplesmente, não conduz a lugar nenhum!

Qual seria o indicativo claro da eleição pré-decretada?

No fato de lermos a Bíblia?

No fato de declararmos que cremos em Jesus Cristo, digo, na predestinação?


No fato de fazermos largas ou curtas orações em comum ou em solitário? No fato de não roubarmos?  No fato de não defraudarmos? No fato de não matarmos?

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