segunda-feira, 7 de julho de 2014

CALVINISMO: A INEFICÁCIA DA PRESCIÊNCIA

Proclama João Calvino (‘Institutas’, vol. III, pág. 396):


“Podes dizer: ‘Visto que Deus anteviu que haveríamos de ser santos, por isso nos elegeu’ – e assim inverterás a ordem de Paulo. Portanto, com isso podes concluir com certeza: Se ele nos elegeu para que fôssemos santos, então não elegeu porque previa que assim o haveríamos de ser.


POR SUA VEZ, O LEITOR, A MEIO-TOM:

Calvino, refutando qualquer infinitésima possibilidade de ação ou de participação do homem na salvação, põe de parte até mesmo a PRESCIÊNCIA de Deus. Para ele, a salvação decorre unicamente ou tem como solitária mola propulsora a ação unilateralíssima de Deus por meio da PREDESTINAÇÃO ANTES QUE O MUNDO EXISTISSE.

Do que se pode placidamente concluir que, em realidade, a salvação constitui uma ilusória realidade, ou, mais especificamente, a salvação simplesmente NÃO EXISTE, pois que as criaturas, imagem e semelhança de Deus, são tão-somente CRIADAS, PROJETADAS, MARCADAS E DEMARCADAS para esse ou para aquel’outro destino eterno, sem qualquer mínima ou infinitésima possibilidade de ESCOLHA, OU DE OPÇÃO, OU DE ARBÍTRIO, MUITO MENOS DE LIVRE-ARBÍTRIO.

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