terça-feira, 8 de julho de 2014

A PERSEVERANÇA DOS ELEITOS DEPENDE DA PERSEVERANTE ORAÇÃO DE JESUS

“E o mesmo Jesus Cristo, quando ora pelos eleitos, não há dúvida de que em sua oração pede o mesmo que pediu por Pedro; a saber, que sua fé não desfaleça [Lc 22.32].
Deste fato concluímos que estão fora do perigo de irremediável apostasia, posto que ao Filho de Deus não lhe foi negada sua petição para que os fiéis perseverassem constantemente.” (Institutas, vol. III, pág. 432)

O escritor, fazendo referência à Passagem Bíblica de Lucas 22:32, quer passar a ideia de que Jesus Cristo se mantém como sentinela pelos Eleitos, por eles elevando orações a Deus, como forma de evitar que sejam destituídos da Predestinatória Eleição, a qual, segundo o segmento calvinista, ocorreu antes da fundação do mundo, antes mesmo que Pedro houvesse nascido, antes mesmo que Pedro houvesse feito bem ou mal?

Esse trecho da Palavra de Deus (diálogo de Jesus Cristo com um homem chamado Pedro, também Simão Pedro) não autoriza esse estreitamento exegético ou essa interpretação restritiva, peculiarizada e isolada adotada pelo escritor gaulês:

“Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;

Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.”

A menos que, por algo absolutamente misterioso e obviamente incompatível com a tese predestinacionista, os Eleitos estivessem sujeitos a desvios, ou a desistências, ou pudessem ser arrebatados do destino celestial por ato predatório de Satanás.


Mas não parece ser esse o sentido espiritual do citado versículo.

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