quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

POR QUE REPUDIO O CALVINISMO (I)


Repudio o calvinismo porque representa ou constitui manifesta deturpação da Palavra de Deus, solapando-a em sua simplicidade maravilhosa e misteriosa, dela dissimuladamente extirpando a centralidade do Evangelho, pelo qual Deus, o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó, DE MODO AMOROSAMENTE SOBERANO, propõe a todos os homens a salvação pela Graça que é oferecida através do Cordeiro erguido no madeiro em forma de cruz, morrendo em inefável sacrifício e, ressuscitando, nos abrisse a porta que conduz aos páramos eternos.


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

CRISE BRASILEIRA?

Você sabia que a principal e visceral razão das desordens institucionais e sociais vividas pelos cidadãos deste país não pode, a rigor, num sentido específico, ser considerada uma crise do Brasil em si mesmo, como Estado-nação?

A grande, enraizada, mórbida e criminosa razão jaz na mentalidade esquálida ou na cultura rançosíssima do DESCOMPROMISSO que prevalece ou que se cultiva ou que se adota há séculos em todos os segmentos da sociedade dita organizada.

Alguém em perfeito juízo acreditaria num milésimo daquilo que os governantes divulgam como sendo fatores "dificultosos" para erguimento e crescimento de nossa economia, sendo o Brasil um dos mais ricos ou riquíssimos países do mundo, em termos de território, em termos de reservas, em termos de perspectivas de agricultura, em termos de tudo?


A deprimente questão reside na maneira de agir, no modo de pensar, no modo de falar, no modo de tratar a coisa pública, no modo de andar nas ruas, no modo de legislar, no modo de governar, no modo de discursar, no modo de avaliar, no modo de analisar, no modo de perceber, na precariedade de vontade hígida, na inqualificavelmente ridícula avacalhação verde-amarela retratada e chargeada pelos sorridentes, palradores e desajeitados palacianos, os quais ostentam em seus luxuosíssimos gabinetes um pedaço de pano a que emprestam o nome de bandeira nacional, contendo o curioso dístico: "ordem e progresso".

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

SOCORRO AO HINO NACIONAL

Que possamos nos unir em torno de um objetivo, entre tantos e incontáveis outros alvos de indubitável importância: extirpar com urgência toda a segunda parte do hino nacional brasileiro.

Isso mesmo! Amputemos sem delongas o nosso hino nacional demasiadamente, descomedidamente e superfluamente elástico.

Esse nosso símbolo nacional que, não obstante inegavelmente belo em sua melodia, abundantemente se assemelha a algo como um drama musical operesco.

Esse canto enfadonho, pela excessiva repetição de estrofes, e com retoques de pieguice patriótica, em razão da excrescência da letra.

Poupemos nossas crianças e adolescentes que, nas escolas, são forçadas a decorá-lo e a repetir estrofe por estrofe com as mesmices melódicas que se desgastam pela redundância.

Reconheçamos com humildade, sem perder o respeito devido aos ilustres autores da letra e da música, que não se pode mais permanecer "deitado eternamente em berço algum", por mais esplêndido que possa ou pudesse fantasiosamente ser.


Sejamos clementes com Chefes de Estado que nos visitem e com todas e quaisquer pessoas que se ajuntem em cerimônias, sejam de que natureza forem, não lhes impondo o aguçar de ouvidos ao obsoleto cântico patriótico todo peculiarmente nosso.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

OS FRUTOS DA ELEIÇÃO SOTERIOLÓGICA FATALISTA

Uma nuança típica e marcantemente clássica que matiza com cores vivas o enfoque existencial dos adeptos do calvinismo, facilmente perceptível por qualquer pessoa e que eles próprios certamente desfrutam de tal percepção, é a, digamos, tranquilidade ou o sossego psicológico decorrente do fato de se terem a si mesmos como eleitos.
Aliás, num certo sentido, até mesmo a possibilidade ou a realidade de não se fazer parte do processo eletivo de Deus igualmente redundaria nessa dualidade de tranquilidade e sossego, pelo menos enquanto perdurante a vida terrena, ou seja, enquanto o ser humano não for confrontado com a morte.
O raciocínio do francês revela-se elasticamente simplista:

Se sou eleito, ótimo! A graça irresistível me arrebatou, apesar de minha completa inaptidão volitiva para buscar a Deus.
Se não sou eleito, nada a fazer! Sigo para o inferno, como conseqüência direta de minha detectada aptidão para, consciente e deliberadamente, rejeitar a Deus e praticar o mal.

E essa "quietude da alma" se alonga ou se espraia ao ponto de nenhum partidário das teses de João Calvino precisar cultivar qualquer mínima preocupação ou sofrimento psicológico em relação, por exemplo, ao seu pai, ou à sua mãe, ou ao seu filho, ou à sua filha, ou ao seu avô, ou ao seu amigo de infância, ou ao seu inimigo etc., no sentido de por eles "FAZER ORAÇÃO" suplicando a Deus que sejam salvos ou passem a ser salvos ou sejam admitidos no "rol dos eleitos", já que, se nenhuma dessas pessoas crê em Jesus Cristo, se todas elas rejeitam aberta e blasfemamente o Evangelho e o Mistério da Cruz, poder-se-á supor ou concluir que NÃO SÃO ELEITAS, e, se eleitas não são, JAMAIS PODERÃO VIR A SÊ-LO, mesmo se eventualmente fossem alçadas aos céus todas as orações do mundo, de todo os cristãos do planeta A UMA SÓ VOZ.
Vejam que inegavelmente o calvinista tem ou detém essa imensa "folga" existencial ou despreocupação cerebral, emocional e psicológica:


Ele nada pode fazer em favor de quem não é eleito!
Ele nada pode fazer contrariamente a quem é eleito!
PARA QUE, ENTÃO, ALÇAR ORAÇÕES INÚTEIS AO CRIADOR E AUTOR DO DECRETO ELETIVO ETERNO E IMUTÁVEL??!!


Resta, por conseguinte, ao calvinista aguardar o dia de sua própria morte e de todos os outros viventes, e cada um seguirá seu caminho previamente e inexoravelmente traçado.


Já em relação às pessoas que leem a Bíblia com a simplicidade sobrenatural nela contida e meditando, por exemplo, na passagem onde está lavrado “CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, TU E TUA CASA”, há muito trabalho por fazer, há muitas orações a serem elevadas ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, em nome do Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

PREDESTINACIONISMO SOTERIOLÓGICO

São pecadores, são destituídos de livre-arbítrio, são obstinados, são naturalmente inclinados para a transgressão, são incapazes de por si mesmos buscar a Deus; todavia, a Graça Irresistível da Eleição os alcança, queiram ou não, saibam-no ou não, sem qualquer merecimento ou contribuição em relação a tal dádiva divina: estes são os eleitos antes da fundação do mundo, para os quais será concedida a perene cidadania na Nova Jerusalém.

PARA A SALVAÇÃO, NÃO HÁ ATITUDE, NÃO HÁ VIRTUDE, NÃO HÁ MÉRITO, QUER PERCEPTÍVEIS, QUER EXCLUSIVAMENTE ANÍMICOS.

São pecadores, são destituídos de livre-arbítrio, são obstinados, são naturalmente inclinados para a transgressão, são incapazes de por si mesmos buscar a Deus; contudo sobre eles jaz a maldição do Criador, a eterna condenação, queiram ou não, saibam-no ou não, e para essa sua rejeição fizeram-se plenamente merecedores, contribuíram malignamente, tornaram-se integralmente culpados, ímpios, réprobos: estes são os execrados antes da fundação do mundo, para os quais as portas do inferno se abrirão e se fecharão definitivamente.


PARA A CONDENAÇÃO, NÃO HÁ ATITUDE, NÃO HÁ DEMÉRITO, NÃO HÁ CULPA, EXCETO EM SENTIDO ONTOLÓGICO-ADÂMICO.

sábado, 13 de dezembro de 2014

ORAÇÕES SEGUNDO O ATEÍSMO E O CALVINISMO

O ateu, por não crer em Deus, entende como um delírio as orações humanas.
O calvinista, embora declarando crer em Deus, entende que as orações humanas são de nenhuma eficácia, ou, quando muito, são o fiel retrato de um imutável decreto que inexoravelmente e cronologicamente se cumpre abrangendo todas as coisas passadas, presentes e futuras.

Qual seria o traço distintivo entre ambos?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

ATEÍSMO E CALVINISMO: INDISTINGUÍVEIS

Para os Ateístas, Deus não criou o mundo, Deus não criou o universo, Deus não criou os animais sem raciocínio, Deus não criou o animal-homem com raciocínio, Deus não envia chuvas sobre a terra, Deus não provoca catástrofes, Deus não se comunica ou se relaciona com pessoas, Deus não emprega ouvidos a preces de pessoas, Deus não interfere na vastidão existencial, Deus se escreve com 'd' minúsculo.

Deus simplesmente não existe.

Para os Calvinistas, Deus não interage com pessoas, Deus não inclina ouvidos a orações de pessoas, Deus não se emociona diante de atitudes de pessoas, Deus não se impressiona com pessoas, Deus não se surpreende com pensamentos, palavras ou atos de pessoas, Deus não privilegia crianças em detrimento de adultos. Tudo o que a partir de Deus veio à existência encontra-se inarredavelmente, imutavelmente e cronologicamente planejado ou projetado, como decorrência de Soberania, Secreto Conselho, Eterno Decreto.


Deus apenas existe.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

CALVINISMO: O REAL SIGNIFICADO

Calvinismo não apenas rima perceptivelmente com o vocábulo niilismo, mas nele tem o mais perfeito sinônimo, considerando o completo descomprometimento daqueles que, chamando-se a si cristãos, acrescentam o letreiro 'calvinistas'. E antes que críticas surjam qual avalanche em descontrole, tal assertiva mostra-se de fácil elucidação ou demonstração, na medida em que, segundo o francês autor das teses contidas em livro – ou manual, como ele próprio diz – conhecido (em realidade, pouquíssimo conhecido pela vastíssima maioria dos cristãos, que dele não vão além do próprio título) como 'Institutas da Religião Cristã', o homem é um ser projetadamente vivente e passa por este mundo não como errante e incerto peregrino, mas destinado a cruzar dias e noites como se cada dia e cada noite ou como se a cada dia e a cada noite pudesse ou lhe fosse possível dizer de si mesmo algo a Deus ou expressar-se por si próprio ao semelhante.

Assim é que:

Ser joãocalvinista não implica nenhuma preocupação em relação ao futuro, porque futuro não existe, não passando este de apenas uma espécie de expectativa meramente humana em relação a coisas fundadas e fundidas desde a eternidade;

Ser joãocalvinista não implica clamores ou invocações a Deus em altos brados; ser calvinista não implica orações em favor da 'salvação' de nenhum vivente, porque a esse respeito tudo já se encontra definitivamente organizado por Deus, e, portanto, segundo as altas e privilegiadas revelações que teriam sido outorgadas a Calvino, por exemplo, o Livro de Tiago, capítulo 5, versículos 19 e 20, encontra-se inadequadamente redigido;

Ser joãocalvinista não implica orações em favor da cura de nenhum enfermo, de vez que João Calvino encarregou-se de 'revogar' o Livro de Tiago, capítulo 5, versículos 14 a 18, ao literalmente apregoar sua inaplicabilidade aos nossos dias;

Ser joãocalvinista não implica nem mesmo a necessidade de leitura da Bíblia, já que o francês em questão é pródigo em afirmar que seu livro representa a perfeita e irretocável interpretação bíblica e por ele, apenas através dele, todo cristão seria poupado de grande enfado ao folhear debalde o cansativo Livro de Deus;

Ser joãocalvinista não implica qualquer preocupação com o próximo, com alguém, familiar ou não, que esteja mergulhado na miséria ou em criminalidades de toda estirpe, porquanto se a respeito dele estiver benevolentemente escrito no decreto eterno predestinatório de Deus, a qualquer momento ele será despertado pela Graça Irresistível, a qual não depende nem de sua vontade, muito menos da vontade do 'calvinista' despreocupado;

Ser joãocalvinista não implica preocupação com desastres ou catástrofes quaisquer, porque tudo, sem exceção, é parte integrante não apenas da presciência, mas do plano predestinatório de Deus;

Ser joãocalvinista não implica preocupação ou estarrecimento quando pessoas são espancadas, roubadas, estupradas, decapitadas, queimadas vivas (por exemplo, amarradas a estaca), pois que todos os que assim agem fazem-no estritamente como instrumentos de que Deus se utiliza para levar a termo seus propósitos infalíveis lavrados em decreto;

Ser joãocalvinista não implica preocupação com crianças ainda no ventre de mães, crianças já expelidas do ventre de mães, quer nasçam perfeitas, imperfeitas, enfermiças ou anencéfalas, eis que qualquer que delas seja a condição física, mental ou espiritual, a esse respeito tudo fora d'antemão estabelecido pela soberania predestinatória de Deus, e isso inclui a possibilidade de o próprio feto intrauterino trazer em si o inapagável estigma do demônio que o conduzirá ao inferno (por sua 'culpa' exclusiva), ou haverá de ter sido salvo em virtude de eleição eterna em decorrência de algo como graça irresistível;

Ser joãocalvinista é jazer, estar, deitar, levantar, folgar, gesticular, pentear, despentear, falar, calar, preferencialmente enriquecer, desfrutar, palestrar, gargalhar, às vezes até chorar, mas nada que possa abalar o secreto conselho de Deus, pois que tudo o que os seguidores do gaulês Calvino pensam ou venham a pensar, façam, venham a fazer, deixem de fazer, quer seja criança, adolescente, adulto ou provecto, são tão-somente fases de estrito cumprimento de um decreto que remonta a uma indizível eternidade antecedente à nossa própria existência.
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