segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

O EVANGELHO CALVINISTA

Seria possível que isso de fato aconteça numa reunião religiosa calvinista?

Diz o dirigente, também chamado de Pregador:

"Irmãos, não sei se todos aqui presentes são eleitos para a vida eterna como eu sou.

Chamo a todos de irmãos na esperança de que a eleição tenha sido real na vida de cada um, isto é, não que isso venha a se tornar, mas que já esteja consumado na eternidade.

Antes de todos vocês nascerem, o destino imutável de cada qual já estava traçado por Deus através do Decreto Predestinatório, tanto em relação aos que merecidamente serão conduzidos ao inferno, mesmo não tendo feito nem bem, nem mal; quanto em relação àqueles que sem nenhum merecimento vão para o céu e que, igualmente, antes não praticaram nem bem, nem mal.

Jesus Cristo também foi morto antes da fundação do mundo, mas não para salvação de quantos involuntariamente virão a crer, senão para confirmação de certas e determinadas pessoas no contexto de uma eleição na qual Ele próprio, como Cordeiro de Deus, fora incluído, como ensina a pura e sã doutrina que nos legou o João Calvino.

Na condição de reformados ou calvinistas, devemos saber e estar plenamente conscientes de que Deus "NÃO QUIS CRIAR A TODOS EM IGUAL CONDIÇÃO", exatamente como demonstra infalivelmente o João Calvino no volume III de sua inigualável obra literária rotulada como "Institutas da Religião Cristã", verdadeiro tratado inerrante construído profeticamente sob a inspiração de Deus, tal como afirma categoricamente esse escritor no prefácio correspondente.

Portanto, irmãos, e mesmo assim, mesmo diante dessa realidade doutrinária segundo a qual não existe nenhuma possibilidade nem de conversão nem de apostasia, sejamos otimistas e pensemos que TODOS somos eleitos por Deus. Afinal, se estamos aqui reunidos já é um grande indício a esse respeito."

E, então, o silêncio absoluto pairou naquele ambiente...

domingo, 4 de novembro de 2018

ELEIÇÕES 2018: AS MÍDIAS SOCIAIS E OS GLÚTEOS DOS VAMPIROS


Não se deram conta, ainda, os "politicadores que por aqui gorjeiam" relativamente ao impacto vulcânico das comunicações de massa, ou das chamadas mídias sociais, marca distintiva e histórica dessas eleições.

A partir desse verdadeiro fenômeno, tornou-se mais difícil (muitíssimo mais difícil) fazer o povo de bobo, ou continuar fazendo o povo de parvo, porque as informações que ostentam em seu dorso tanto as assim chamadas e indesejáveis fake news, quanto as sempre bem-vindas true news ou a nossa REALIDADE EM CARNE E OSSO de cada dia, circulam com impressionante velocidade e chegam até onde nunca chegavam ou jamais haviam chegado.

Assim, todas as pessoas, de todos os círculos sociais, de todos os estratos sociais, perceberam e agora percebem sem grande dificuldade que a farsa que sempre preponderou neste ainda grotesco país (por conta e obra dos que aferradamente se embutem nos três poderes) não mais se sustenta.

É mais ou menos como se os políticos farsantes que há décadas assaltam os cofres públicos e, qual vampiros insaciáveis, sugam o sangue do povo, agora passassem a andar nas ruas com os fundilhos à mostra, decorrentemente de um enorme rasgão na região glútea.

Doravante, os asquerosos (folclóricos, não obstante) embusteiros terão de engendrar novas estratégias sobre como enganar as pessoas. E isso requererá deles, de seus cérebros doentios, enorme criatividade da qual eles não são dotados...

sábado, 27 de outubro de 2018

ENFIM, A VERDADEIRA SOBERANIA POPULAR

Nós, cidadãos e eleitores brasileiros, podemos e devemos nos orgulhar abundantemente de nós mesmos.

Estamos, pela força avassaladora do voto, promovendo uma limpeza jamais vista no Brasil.

Ejetamos do cenário político numerosas figuras repulsivas e que desde longa data se dedicavam a carcomer as riquezas do país e a esperança do povo: governadores, deputados, senadores, uma ex-presidente e, além desses, nos livramos de todo aquele fantasmagórico séquito que os rodeava em razão do cargo.

A Justiça, desmantelando a organização partidária que abrigou em seu subterrâneo numerosos delinquentes, condenou e encarcerou aquele tido como mentor ou "líder supremo", juntamente com plurais outros que jazem hospedados em presídios ou ostentando a ridícula tornozeleira eletrônica.

Demos uma lição de democracia nos socialistas-comunistas que tantos e irreparáveis males nos causaram a nós e a países vizinhos. Ensinamos as grandes nações de todo o mundo, muitas das quais, movidas por interesses inconfessáveis, do alto de sua indisfarçada megalomania, mantêm olhos fixados no cenário político do Brasil.

Fomos muito (MUITO) mais eficazes do que todas as instituições tímidas e trôpegas que existem no Brasil as quais se limitam a buscar holofotes televisivos numa eterna discussão supostamente jurídica acerca de delitos horrorosos escancaradamente comprovados e protagonizados por seguidores de uma agremiação partidária sinistra e judicialmente reconhecida como associação criminosa.

Aplausos para os brasileiros que, sem perda do senso de humor que sempre os caracterizou, agiram com extrema sisudez bem ao nosso estilo, mandando às favas protocolos e paradigmas embolorados.

Elegemos um Presidente completamente fora daquele asqueroso estereótipo, livramo-nos de discursinhos atrapalhados e risíveis, e guardamos a expectativa e a esperança de que o eleito, o escolhido por nós através da vontade expressa nas urnas, saiba se conduzir, reconhecendo-se como súdito do povo que lhe outorgou essa nobre missão.

Ao trabalho!

terça-feira, 23 de outubro de 2018

REMENDOS ROTOS


A decadência espiritual da humanidade, que vem de séculos, trouxe e traz entre suas tristes consequências frequentes tentativas por parte de pessoas as quais, assumindo ares teológicos, se esmeram em fazer ou produzir adaptações da Bíblia ao cotidiano miserável em que a vida neste mundo se transformou.


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

INSUFICIENTE OU INADEQUADA EVOLUÇÃO

A ciência parece algo microscopicamente confusa, sob o ponto de vista de que se, como difundido em escolas e universidades, o ser humano é produto da evolução a partir de micro-organismos, e se o corpo humano encontra-se impregnado de incontáveis espécimes deles, como bactérias, vírus, fungos etc., por que, então, os mesmos micro-organismos, genericamente falando, dos quais provém ou dos quais teria se originado evolutivamente o ser humano "fazem mal" e com frequência chegam a matar esse mesmo ser humano "evoluído"?

Seria em decorrência de uma certa "falta de hábito" em relação a determinados espécimes de micro-organismos?

Mas e quanto aos milhões e milhões de anos da apregoada evolução, não foram eles ainda capazes de nos propiciar plena adaptação no e ao ambiente existencial em que nos encontramos inseridos, ou seria hipótese de surgimento de novos micro-organismos com os quais o corpo humano ainda não teria tido contato durante esse "tempinho" darwiniano?

sábado, 20 de outubro de 2018

ERA SÓ O QUE FALTAVA!


No Brasil, políticos e respectivos partidos estão sendo aparentemente investigados por alegada disseminação de mentiras relativamente ao adversário!!!

Isso, além de risível e gargalhável, representa o ápice da hipocrisia generalizada, e, claro, protagonizada, inclusive, pelos órgãos ditos investigadores como Imprensa, Polícia Federal e Tribunal Superior Eleitoral, simplesmente porque eles falam e agem como se o mundo político fosse um ambiente de máxima pureza, em cujos antros ou escondedouros a verdade sempre estivesse em primeiro plano, qual bandeira permanentemente hasteada...

Ora, desde a época em que o transporte mais moderno do Brasil era o simpático jegue, ou seja, desde empoeirados tempos, a essência da política à brasileira traduz-se inequivocamente em mentiras de todas as estirpes, as mais estapafúrdias, ridículas e, frequentemente, alvo de chocarrices ou piadas tanto em nosso país como fora dele.

E não se tem notícia de que a candidatura de postulantes à Presidência da República houvesse sido impugnada junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Aliás, nunca se falou em investigação ou apuração sobre a veracidade de divulgações quaisquer, verbais ou escritas, desde os folclóricos tempos do Império.

No entanto, agora, com a velocidade de informações propiciada pelas assim chamadas redes sociais, aqueles que se apresentam como paladinos da verdade ou do que pensam ser verdade resolveram que os mais de cento e quarenta milhões de eleitores brasileiros estão sendo feitos de idiotas em decorrência da divulgação daquilo que tem sido apelidado de notícias falsas, sob o entendimento de que nós, eleitores, somos todos um bando de incapazes, isto é, que nossas opções eleitorais oscilam de acordo com as notícias falsas do momento, também apelidadas pelo estrangeirismo de fake news, ainda que no Brasil a gigantesca maioria da população, incluindo precisamente os engraçados políticos, demonstrem evidente e jocosa dificuldade no trato com o seu próprio idioma.


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

OS ÚLTIMOS SUSPIROS DE UM PARTIDO


Os Últimos Suspiros de um Partido

O Brasil, os brasileiros e o mundo assistem à triste agonia do assim apelidado Partido "dos Trabalhadores".

O que parece ainda não ter sido percebido é que se trata da mais palpável, perceptível e legítima manifestação de vontade dos cidadãos nacionais que, exaustos, fartos, conscientes e movidos pela sensibilidade peculiar ao ser humano, decidiram por fazer desaparecer do mundo político essa estranha e nefasta agremiação, que tantos males nos tem trazido desde o seu surgimento e mais acentuadamente nos últimos dezesseis anos.

Pela primeira vez na história, NÓS, povo, somos PROTAGONISTAS de verdade, externamos de fato nossa SOBERANA VONTADE ("Todo o poder emana do povo", diz a Constituição) expressa em irresistível rejeição relativamente aos criminosos imersos em incontáveis escândalos de corrupção, ainda que SAIBAMOS PERFEITAMENTE (sim, nós sabemos!) que o candidato emergencialmente plausível, alvo da preferência do eleitor, está longe de ser o ideal; todavia, infinitamente menos pior do que as caricaturas que com ele concorrem ao luxuoso gabinete do Palácio do Planalto.

O desespero dessa organização partidária se mostra plenamente justificável, porquanto foi por nós massacrada nas urnas no primeiro turno, perdendo sua representatividade para cargos de Deputados Estaduais, Federais e Senadores, perdendo sua representatividade para cargos de Governadores, perdendo suas indicações políticas para cargos de alto escalão em empresas estatais, perdendo sua presença nos vários setores da sociedade, perdendo a possibilidade de captação de recursos (lícitos ou ilícitos), perdendo toda a importância que lamentavelmente pudesse algum dia ter tido, saindo de cena, saindo dos holofotes.

Nós, brasileiros, podemos nos orgulhar de nós mesmos, porque além do exercício legítimo e inconfundível da Democracia em seu sentido pujante, não nos deixamos ludibriar, não nos permitimos ser conduzidos por promessas ridículas e obviamente falsas ou fraudulentas, não nos deixamos seduzir por aqueles rançosos argumentos ou insuportáveis e vetustos discursos de um desengonçado, sorrateiro, letal e grosseiramente maquiado regime totalitário socialista-comunista tão desejado pela infronteirada má índole de tantos e pela completa ignorância d'outros.

E, sem dúvida, espera-se ou acalenta-se grandemente o desejo de que as suspeitíssimas urnas eletrônicas se limitem a computar rigorosamente e tão-somente o que os dedos dos eleitores digitarem.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

ESQUECENDO, POR UM POUCO, A DEPRIMENTE QUESTÃO POLÍTICA

Nós, brasileiros, necessariamente temos de reconhecer que o atual Presidente da República, Michel Temer, em seu breve pronunciamento na Assembleia Geral da ONU em 25 de setembro de 2018, prestou relevantíssimos serviços ao Brasil, pela retórica de alto nível, pela objetividade, pela fluidez de palavras, pela elegância, pela abordagem lúcida e consistente de temas muitíssimo importantes para o nosso país e para o mundo.

Fazendo uma pausa, 'inda que breve, relativamente ao que tristemente ocorreu e ocorre no Brasil em termos sociais, institucionais e políticos, e apegando-nos ao uso estrito de isenção, como brasileiros podemos nos sentir orgulhosos e algo confortados por termos deixado no passado recentes e vergonhosas aparições de representantes nossos naquele mesmo cenário da ONU.

É imprescindível, também, perceber que o discurso do Presidente brasileiro facilmente se sobrepõe a todos os demais mandatários estrangeiros, em todos os sentidos, seja de conteúdo ou vernacular, e isso, obviamente, abrange os vaidosos e arrogantes lá presentes, tão conhecidos de todos nós.



sábado, 1 de setembro de 2018

BRASILEIROS, ESSES BRASILEIROS


Os brasileiros podem ser considerados como o povo mais paciente, mais tolerante, mais passivo, mais submisso, mais manobrável do mundo.

Seus governantes, na maioria, devem impagáveis contas à Justiça por delitos os mais diversificados e graves, além de pitorescos e ridículos.

Seus legisladores igualmente saracoteiam para aqui e para acolá exibindo, além do sarcasmo peculiar, pomposas tornozeleiras eletrônicas.

Quando necessitam recorrer à Justiça, ficam anos a fio aguardando por uma decisão que jamais se concretiza, eternizando-se num vácuo construído pelos Juízes mais bem remunerados do mundo, com o dinheiro desses mesmos brasileiros.

Pagam uma variedade enorme de extorsivos e atamancados tributos, e não fazem a menor ideia de que nenhuma empresa, nenhuma pessoa jurídica, se submete aos impostos e contribuições por elas devidos, na medida em que são, com a conivência de leis tronchas, simplesmente repassados para as pessoas físicas, para os trabalhadores, através das manobras apelidadas de tributação indireta.

Saem às ruas e são ora agredidos, ora escarnecidos, ora furtados, sempre roubados, e dão-se por satisfeitos quando não são assassinados.

De quatro em quatro anos emprestam ouvidos às mesmas bobagens e maluquices dos mesmos e inúteis politiqueiros que por uma vida inteira não fazem mais do que se refestelar com o dinheiro público, enriquecer e gargalhar às escâncaras.

Isso não existe em nenhum país deste mundo. Somos espécie única no planeta terra.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A REDE GLOBO DE FATO APOIOU INCONDICIONALMENTE A REVOLUÇÃO OU GOLPE MILITAR DE 1964. E, AO CONTRÁRIO DO QUE APREGOA, SUA CÚPULA JAMAIS RETIROU ESSE APOIO

No transcorrer da difusão de seu principal Telejornal em 28ago2018, inacreditável o escorregão vexatório da Rede Globo relativamente às declarações do candidato militar Bolsonaro à Presidência da República, segundo o qual essa emissora, pelo seu mandatário Roberto Marinho, fato público e notório, declarou apoio incondicional à Revolução Militar de 1964, também conhecida como Golpe Militar de 1964, que remonta a mais de meio século.

Visivelmente embaraçada e não tendo como esconder o óbvio, a emissora Rede Globo, no afã de tentar "consertar" sua postura de 1964, declarou no horário dito nobre de seu Telejornal que realmente esse apoio explícito ocorrera, mas que no ano de 2013, através de Editorial, a mesma Rede Globo teria desfeito o que fizera ou desdito o que dissera, isto é, verbalizando que o referido apoio teria sido "um erro".

A emissora Rede Globo conseguiu a proeza de piorar muito sua reputação relativamente a esse episódio, por dois vulcânicos motivos:

1. Soa como desajeitada anedota a afirmativa de que esse conglomerado de televisão veio a meditar, raciocinar, entender ou concluir que errara ao apoiar a Revolução ou Golpe Militar de 1964 somente no ano de 2013, ou seja, QUARENTA E NOVE ANOS DEPOIS. Isso estala tal qual criancice ou puerilidade. Demorar Quarenta e Nove Anos para "retirar" o apoio que dera à Revolução ou Golpe Militar chega a ser risível!!!

2. E mais: A Rede Globo também deturpou ou tentou maquiar o fato inapagável de que também não é verdade que o mandatário Roberto Marinho haja "voltado atrás" em seu apoio à Revolução ou Golpe Militar em 2013, simplesmente porque esse respeitável senhor falecera em 2003, ou seja, DEZ ANOS ANTES.

Em suma: O Sr. Roberto Marinho, ao contrário das evasivas da emissora Rede Globo, JAMAIS retirou seu apoio à Revolução ou ao Golpe Militar de 1964.

Por conseguinte, aquilo que milhões de pessoas ouviram durante a entrevista do candidato Bolsonaro aos dois ilustres Jornalistas do Jornal Nacional na data de 28ago2018 simplesmente, além de não refletir a realidade, deixou a péssima impressão ou a já sedimentada constatação de que os meios de comunicação, via de regra, limitam-se a adotar o "jeitão" que seja mais conveniente aos seus interesses.

E, na época da Revolução ou Golpe Militar, o supremo interesse da Rede Globo era não colocar em risco sua posição empresarial do ramo de Telecomunicações, por isso que preferiu propositadamente "cometer o erro"(sic) de manifestar seu incondicional apoio àquele episódio do militarismo brasileiro na década de 1960. Quarenta e nove anos depois, e também em resguardo de seus "sagrados interesses" do momento, vem a público e manifesta solenemente que o referido apoio "fora um erro", e assim o faz ou fez porque não há mais situação de risco quanto a sofrer represálias por parte dos que promoveram e encabeçaram a tal Revolução ou o tal Golpe Militar de 1964.

Que a emissora Rede Globo não se sinta constrangida ou, como perceptível, evidentemente desconfortável em relação a isso, ao ponto de cometer essa gafe de forçar seus narradores do Jornal Nacional a "abrir aspas" e declamar, qual composição poética, nota de retratação com a ânsia de tentar maquiar ou suprimir o insuprimível. Pior ainda considerando que o ilustre mandatário desse conglomerado de telecomunicação, se efetivamente mudara de opinião (direito inquestionável dele), não o pôde fazer, ele próprio, em razão de seu passamento dez anos antes.

Apoiar a Revolução ou Golpe Militar de 1964 não configura crime. Muitos outros e muitas outras também o fizeram.

sábado, 25 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018: Justificativas de uma Eleitora que se recusa a votar

As razões que me impedem de votar e que me conduzem à abstenção nas Eleições Presidenciais deste ano de 2018 são estas.

O Brasil vive, há empoeiradas décadas, dias conturbados, imerso em elastecida desordem e deprimente caos social. A criminalidade e a completa ausência de seriedade neste país superam qualquer projeção ou expectativa mais pessimista, alastrando-se qual doença epidêmica.

A vida humana tornou-se algo completamente descartável e sob a complacência de um Estado inerte, incapaz, indolente e inveterado promotor de pândegas.

As instituições ditas e tidas como Democráticas de Direito não passam de um arremedo ou de uma caricatura, tal o cenário com mais de duzentos milhões de cidadãos, dos quais sessenta e três mil são mortos ou assassinados todos os anos, sem que isso signifique estarrecimento por parte daqueles que aparentemente governam, legislam e ocupam posições nos Três Poderes de uma claudicante República.

A classe política desde sempre ocupa as páginas e os noticiários dos meios de comunicação de massa via de regra em razão de escrachada corrupção, envolvendo as mais inacreditáveis trapaças com o dinheiro público.

Os discursos grotescos, não obstante, continuam os mesmos, representativos de escárnio e agressão explícita às pessoas de bom senso, de boa sensibilidade e com noção mínima entre o aceitável e legítimo e a pantomima indescritivelmente ridícula.

Num país que se pretende Democrático de Direito, a imposição do voto, a compulsoriedade do voto denota a negação ou a antítese da gregariedade verdadeiramente democrática e balizada por normas jurídicas hígidas, mormente quando se tem em mente que o povo é o detentor do poder ou a emanação unívoca desse poder, e, com essa credencial, jamais poderia ser alvo de coerção estatal, pois que isso configura gritante desfiguração da expressão constitucional e estranha usurpação.

Dito de outro modo, é insuportavelmente contraditório que, no Brasil, se reconheça solenemente a soberania da vontade popular como fonte única do poder e, ao mesmo tempo, se obrigue o soberano povo a "exercer sua soberania", sob pena de multas, masmorras e cadafalsos...

Como brasileira, sinto-me objeto de motejo por parte dos candidatos que ocupam posições na corrida eleitoral com possibilidades de virem a ser eleitos, na medida em que quase todos esses têm seus nomes envolvidos seja em investigações policiais, seja em inquéritos já instaurados, seja em processo criminal, e, por conseguinte, vejo-me enodoada por um sistema político nauseante, que teima em manter-se tal qual precisamente em decorrência da omissão do Estado no preparo de leis matizadas por inconfundível austeridade.

Não bastassem todas essas variantes, há ainda a considerar a de todos sabida susceptibilidade das tais urnas eletrônicas a fraudes e manipulações variadas, fato já demonstrado categoricamente por especialistas até mesmo a Ministros do Tribunal Superior Eleitoral. E tudo permaneceu como d'antes, não se deu a menor importância, como se tal vulcânica absurdeza representasse apenas um "detalhe eleitoral"(sic).

Nem mesmo países com notório avanço tecnológico, nem  mesmo as maiores potências mundiais, fazem uso de urnas eletrônicas em suas eleições simplesmente em decorrência da óbvia fragilidade desse sistema, facilmente manipulável por hackers e, portanto, o resultado das eleições jazeria à mercê de adulteração por criminosos...

E por que cargas-d'água no Brasil se insiste em urnas eletrônicas?!

Pobre eleitor brasileiro!! Pobre contribuinte!!

Como cidadã, como POVO, não compareço às urnas, não voto, abstenho-me como eleitora em decorrência deste conjunto de justificativas, convicta de se tratar de intocável direito meuindependentemente de as vigentes normas legais, incluindo a enciclopédica e confusa Constituição Federal, declararem em contrário e de modo raso, amorfo, inconsistente e insustentável.

Não há candidatos plausíveis. Não há perspectiva política, enquanto perdurante a lamentável mentalidade ou a cultura do niilismo que a nós todos nos priva de dignidade tristemente.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

A MARCHA

O tempo e a vida se esvaem na órbita de uma transcendência que jaz em si mesma ininterrupta.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

O JEITO FUNÉREO DA HUMANIDADE

Em meio às inconsistências de uma inconsistente existência, tudo se exaure inconsistentemente, sem que haja respostas plausíveis, num estranho contexto de uma cambaleante e errante humanidade, que a si mesma não se basta.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

ENTREVISTA DE UM CALVINISTA

O senhor é crente ou cristão?
Não. Sou antes de tudo predestinado para viver eternamente. A religiosidade é consequência direta disso.

O senhor se tornou predestinado por se haver convertido? Quando isso aconteceu em sua vida?
Não. Deus me poupou esse trabalho. Eu apenas fui despertado pela Graça Irresistível atrelada ao Decreto eterno predestinatório.

Bem, mas até onde se sabe a Bíblia faz expressas e incontáveis menções à SALVAÇÃO. Afinal, como é isso?
Aquilo é uma alegoria, já que tudo se passou antes da fundação do mundo, antes de eu ter nascido. Salvação é uma expressão bíblica utilizada por Deus para que o simples mortal se sinta ou tenha a impressão de que estaria sendo ou que foi salvo ou que será salvo em determinado estágio temporal. Mas o fato é que Deus já havia assim estabelecido num contexto de eternidade, sem que eu existisse, sem qualquer participação de minha parte.

De que modo ou por qual meio o senhor se tornou ciente de que estaria entre os salvos, ou melhor dizendo, entre os predestinados para a vida celestial?
Descobri  a partir da leitura dos ensinamentos do João Calvino.

E em que específico momento da vida o senhor se percebeu um afortunado predestinado?
Foi assim que eu visitei uma agremiação religiosa seguidora da doutrina proposta pelo João Calvino.

Mas e quanto às evidências espirituais em sua vida, mencionadas expressamente e enfaticamente na Bíblia?
Não, não existem evidências espirituais. O João Calvino ensina que os dons espirituais descritos na Bíblia não são para nós, não se aplicam a nós, porque restritos aos personagens bíblicos.

Quer dizer, então, que o senhor é um predestinado para a vida eterna por mera suposição ou por estímulo de teorias doutrinárias escritas pelo moço gaulês João Calvino?
Bem... Eu até leio a Bíblia (com cuidado), frequento reuniões, às vezes canto, digo amém nas orações e inclusive chego a fazer orações.

Então o senhor crê que Deus ouve orações, isto é, o senhor acredita piamente que a oração do justo pode muito em seus efeitos, provoca reações em Deus, como ensina a Bíblia?
Não. O João Calvino já explicou que tudo (tudinho) está decretado, inclusive orações, e que nenhum ser humano é capaz de pensar, falar e agir de modo a criar história ou a escrever história. Segundo nosso mestre Calvino, não há absolutamente espaço para ações humanas em confronto com a soberania de Deus, por efeito da qual tanto o bem quanto o mal, tanto isto quanto aquilo, tanto irrestritamente qualquer variante da vida deriva de um decreto anterior à fundação do mundo.

Sob essa perspectiva religiosa, nenhum ser humano estaria apto a, por si mesmo, ficar TRISTE, ficar DEPRIMIDO, praticar CRIMES, ser DESONESTO, BURLAR O IMPOSTO DE RENDA, FURAR O SINAL DE TRÂNSITO, ESPANCAR A ESPOSA, MENTIR, ADULTERAR, MATAR, SUICIDAR?
Não! Não é assim. Conforme os altos ensinamentos do mestre Calvino, homens e mulheres são detentores de "livre-agência" e, através dela, praticam atos na vida. A única restrição em relação à "livre-agência" é que ela definitivamente não habilita ninguém A ABANDONAR O CÉU ou a ESCAPAR DO INFERNO. A "livre-agência" somente nos permite fazer as bobagens cotidianas...

Hum, então o atributo da "livre-agência" permite ao ser humano opor-se a Deus? Deus, então, não teria escrito em seus Decretos Predestinatórios nenhuma das trapaças, desatinos e ridicularias humanas? Mais do que isso, a vontade humana teria prevalecido relativamente à soberania calvinística de Deus? De que modo Deus, sendo soberano, todo-poderoso e todo-predestinador, desconheceria o que o ser humano faria a partir da tal "livre-agência"? Os seguidores do João Calvino, então, convivem com a ideia de que o mesmo Deus tudo decreta e tudo predestina, mas "sem interferir"(sic) nas ações humanas abomináveis e sem impor um ritual histórico marcado pela imutabilidade? O senhor não acha isso completamente sem sentido?
BEM, nos nossos cursos teológicos tudo fica bem explicadinho por Doutores especializados...

Mas, então, o que é que nós seres humanos, na condição Bíblica de imagem e semelhante de Deus, fazemos no curso da existência?
Nada. Tudo é Deus, tudo é de Deus, tudo provém de Deus, tudo depende da impulsão de Deus, não temos vontade livre nem para o bem, nem para o mal, nem para a esquerda, nem para a direita. Todo facínora, todo ladrão, todo trapaceiro, todo sonegador, todo corrupto, todo assassino, todo pilantra, todo pelintra, todos estes são instrumentos da divina providência e só fazem o que Deus assinalou ou mandou ou decretou ou determinou imutavelmente.
Como eu disse, temos cursos teológicos com Mestrado, PhD e tudo mais...

Mas, espere! Dentro dessas teses propostas pelo João Calvino, a Bíblia então necessariamente teria de ser completamente desconsiderada ou, no máximo, tida como uma espécie de distração religiosa?
Não! Ao religioso calvinista ou reformado é permitido ler a Bíblia, mas sem se esquecer jamais dos ensinamentos infalíveis do João Calvino, conforme ele próprio expressou no livro "Institutas da Religião Cristã", quando salientou que teria sido inspirado por Deus, ou seja, que seu livro de teses doutrinárias seria "MAIS DE DEUS DO QUE DELE PRÓPRIO".

Mas o senhor não disse há pouco que os dons espirituais foram restritos aos personagens bíblicos? Como, então, o francês João Calvino poderia ter sido "inspirado infalivelmente" por Deus para escrever um livro que se propõe quase a substituir a Bíblia, tal a importância que o próprio escritor a ele atribui no prefácio? Alguém que (supostamente) tenha sido inspirado por Deus para escrever um tratado completamente ritmado com a Bíblia necessariamente ou obrigatoriamente haverá de ter sido impelido por um DOM ESPIRITUAL, correto? Ou não?
Digamos, então, que nosso guia João Calvino tenha sido uma exceção pós-Bíblica...

Então, os calvinistas ou reformados são detentores da verdade religiosa absoluta?
Sim! Nós e somente nós estamos no caminho certo, inclusive fizemos publicar nossa Confissão Calvinista de Fé de Westminster. As demais ramificações religiosas são hereges e, conforme ensina nosso mestre Calvino e a confissão de Westminster, devem ser todas elas acossadas com vigor, apanhadas e esmagadas.
Nossos líderes são doutores, mestres, experts em divindade, ainda que com a divindade não tendo nenhuma intimidade já que todos os dons espirituais mencionados na Bíblia não mais existem, tal como pontificado inerrantemente pelo inigualável João Calvino. Nós nos guiamos pela inteligência ímpar de nossos líderes, pela capacidade extraordinária de compreensão, pelo insuperável intelecto capaz de captar aquilo que aos hereges é impossível.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

PERCEPÇÃO DA EXISTÊNCIA


Não há como sermos humanos sem que nossa humanidade esteja impregnada de sensibilidade diante das tantas nuanças que de incontáveis maneiras emolduram nossas vidas e nos encaminham para o derradeiro estágio da existência.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

DESAPEGO FUNÉREO



Em tempos passados, percebia-se, no agregado humano, raro êxito na tímida busca por virtudes.

Hoje, virtudes quaisquer nem mesmo se buscam.


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