sábado, 18 de outubro de 2014

DE DEUS, POR DEUS E PARA DEUS

Se toda autoridade provém de Deus, o mal que dela nos sobrevenha causamo-lo nós mesmos, pelo conjunto de nossas iniqüidades, como povo que caminha à deriva.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A CAUSA REAL

O que conduz ao maior estarrecimento não é a corrupção que campeia como epidemia descontrolada neste país; o que compele ao maior estarrecimento não é o despreparo notório e grotesco dos governantes e congressistas; o que induz ao maior estarrecimento não é a conhecida e mútua "admiração" entre os governantes brasileiros e ditadores que, fazendo-se "proprietários"(sic) de seus países, manipulam, sufocam e calam cidadãos pelo uso da força, das amarras, da forca e do fuzilamento; o que obriga ao maior estarrecimento não é o óbvio despreparo instrucional, a falta de educação e o desapego à ética dos que governam este país; o que arrasta ao maior estarrecimento não é a maculada trajetória de vida desde prístinas eras dos que governam este país; em verdade, o que produz indizível estarrecimento é, antes, o fato de terem sido eleitos para governar e continuarem "governando"(sic) já por doze anos ininterruptos...

O DÍZIMO, PELA DERRADEIRA VEZ


Essa insistente prática por parte de Líderes nas agremiações religiosas evangélicas de ingenuamente, quando presente a boa-fé, e astutamente, quando movidos por má-fé, alinhavar e maquiar o dízimo constitui manifesta e triste desconsideração ao Texto Bíblico, manifesta e lastimosa distorção do Texto Bíblico, manifesta e insofrível persuasão de pessoas que se veem compelidas a agir como se ainda vivessem num passado anterior à Nova Aliança, como se ainda o Cordeiro de Deus não houvesse estabelecido o Novo Testamento.

sábado, 4 de outubro de 2014

REFORMA PROTESTANTE: A LENDA QUE PERSISTE

A tão apregoada e, pelas denominações religiosas evangélicas, celebrada REFORMA PROTESTANTE constitui um arraigado e robusto MITO HISTÓRICO que conseguiu a extraordinária façanha de cruzar rios, mares e continentes sem que sua real e inconsistente feição fosse detectada.

O padre Martinho Lutero, mundialmente aclamado como PAI DA REFORMA não foi além de simples dissidente da estrutura religiosa romanista, sem  dela destoar na essência, pois que jamais se desapegou de determinadas e graves práticas antagônicas à Palavra de Deus, sem mencionar o explícito antissemitismo por ele incompreensivelmente protagonizado.

Efetivamente, perceptivelmente, historicamente e inegavelmente NUNCA SE LEVOU A EFEITO QUALQUER REFORMA, isto é, ao revés do que se disse, se diz, se escreveu e se escreve séculos após séculos, a organização católico-romana não apenas permaneceu apegada aos mesmos extravios bíblicos, mas elasteceu-os com o evolver do tempo, alastrando-se e atraindo a si enorme influência e incalculável riqueza, chegando ao inimaginável ápice de reivindicar e obter o status de Estado, conhecido como Vaticano.

Por conseguinte, revela-se gritantemente evidente que JAMAIS EXISTIU OU ACONTECEU REFORMA ALGUMA. Tudo não passou de uma tênue dissidência do padre Lutero que, com as tímidas e flagrantemente contraditórias noventa e cinco assim chamadas teses, tentou DEBALDE promover algumas frágeis mudanças no catolicismo romano, as quais NÃO SE TORNARAM PARTE DA REALIDADE.

A propósito, o exageradamente reverenciado escritor francês JOÃO CALVINO declarara que, em virtude do alto grau de degeneração e corrupção do catolicismo romano, não se fazia viável uma REFORMA como aparentemente pretendida pelo padre Lutero, impondo-se a criação de uma NOVA IGREJA diametralmente desvinculada.

Percebe-se, então, que até mesmo aquele, a quem é atribuído o epíteto de REFORMADOR ou continuador da REFORMA, nega-a explícita e contundentemente. Aliás, João Calvino não apenas rejeita a REFORMA, não apenas rejeita a figura do padre Lutero como PAI DA REFORMA, não apenas rejeita-se a si mesmo como REFORMADOR, pois que chega à enfática descrição do catolicismo romano como sendo ASQUEROSA MERETRIZ. [1]

Salienta-se, imprescindivelmente, que a Igreja jamais necessitou de "REFORMA", considerando que IGREJA, na acepção única e inconfundível, é aquela instituída pelo próprio Senhor Jesus Cristo, através dos discípulos e apóstolos, os quais se fizeram ilustres representantes da verdadeira Igreja, também conhecida como IGREJA PRIMITIVA.

Implica dizer, daí, que, em inexpugnável realidade, o que sucedeu através do tempo foi o afastamento do ser humano dos parâmetros da IGREJA PRIMITIVA, tal como concebida pelo Verbo-Que-Se-Fez-Carne, levados que fomos e somos pelos engodos deste mundo que chafurda no pecado.

Conclui-se, inevitavelmente, que a grande e unívoca questão definitivamente não é de "REFORMA", mas de RETORNO À SACRA ORIGEM, ou seja, retorno aos parâmetros da SANTA IGREJA PRIMITIVA, claramente expostos na Bíblia e ao alcance de todo aquele que a tanto se dispuser.

Diante de tais insuperáveis evidências históricas, faz-se chocantemente incompreensível o posicionamento das inúmeras ramificações religiosas evangélicas protestantes, no sentido de, ano a ano, alardear e comemorar um mito como se fato histórico fosse.




[1] "Nesta medida, como é a situação sob o papismo, é possível entender que gênero de Igreja aí subsiste. Em vez do ministério da Palavra, aí reina um regime degenerado e conflacionado de falsidades, que em parte extingue a pura luz da verdade, em parte a sufoca; no lugar da Ceia do Senhor introduziu-se o mais hediondo sacrilégio; o culto de Deus foi deformado por variada e não tolerável aglomerado de superstições; a doutrina, à parte da qual não subsiste Cristianismo, foi inteira sepultada e rejeitada; as reuniões públicas, reduzidas a escolas de idolatria e impiedade.
...
Quando, porém, se chega à definição da Igreja, não só, como se diz, a água chega a sua boca, mas se atolam em sua lama, visto que constituem asquerosa meretriz no lugar da sagrada esposa de Cristo!"
(Institutas da Religião Cristã, vol. IV, págs. 53 e 56)

NA VERSÃO EM INGLÊS:
"Since this is the state of matters under the Papacy, we can understand how much of the Church there survives. There, instead of the ministry of the word, prevails a perverted government, compounded of lies, a government which partly extinguishes, partly suppresses, the pure light. In place of the Lord’s Supper, the foulest sacrilege has entered, the worship of God is deformed by a varied mass of intolerable superstitions; doctrine (without which Christianity exists not) is wholly buried and exploded, the public assemblies are schools of idolatry and impiety."
...
"…but when we come to definition, not only (to use the common expression) does the water adhere to them, but they stick in their own mire, because they substitute a vile prostitute for the sacred spouse of Christ."

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O LIVRO DE JÓ SEGUNDO O CALVINISMO

Tendo-se em mente que, ao ritmo das teses defendidas pelo francês João Calvino, o homem, imagem e semelhança de Deus, não dispõe de qualquer infinitésima aptidão volitiva, sendo inteiramente incapaz de, por livre iniciativa, voltar-se para o Criador, limitando-se a trilhar caminhos existenciais precisamente como pré-formatados antes da fundação do mundo, inevitavelmente a Bíblia haveria de passar por completa "revisão" ao estilo calvinista e, quiçá, ter-se-iam de eliminar várias passagens da Palavra de Deus, como, por exemplo, aquela que narra o inadjetivável diálogo entre o Todo-Poderoso e Satanás, lavrado no Livro de Jó, capítulos 1:8-12 e 2:3-6.

E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
9  Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
10  Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
11  Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
12  E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão.


E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.
Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.
5  Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!
E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.


De que predestinacionista e irresistível maneira se poderia compreender que Deus, sabedor de que a criatura não possui e até mesmo desconhece o que venha a ser livre-arbítrio, poderia a ela referir-se elogiosamente, exaltando-lhe qualidades e atributos como se dela própria emergentes?

Por que, acerca de Jó, diria Deus a Satanás: 'Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa'?

Quais eram ou teriam sido, conforme a cátedra de João Calvino, os méritos de um predestinado Jó, encapsulado ou envolto pela ação de uma irresistível graça?

Estaria Deus, numa espécie de esvaziamento de Si mesmo, exaltando qualidades ímpares e surpreendentes do homem da terra de Uz, sem nenhum similar no planeta?

Satanás, ao seu turno, por não dispor da erudição teológica calvinista, isto é, ignorando que a criatura nada constrói ou destrói se assim não estiver escrito no decreto eterno predestinatório, contra-argumentaria que a reta postura de Jó derivaria do fato de que Deus o premiara com muitos bens, família, prestígio, saúde, e, daí, desafiaria Deus a suprimir-lhe o bem-estar físico?

E Deus, então, sabedor da obtusidade e insipiência de Satanás, o qual se mostrava totalmente desinformado com relação à soberania do Criador na disposição, no arranjo, na preordenação de tudo o que tem sucedido e há de suceder no mundo físico, com propósito insondável (mas que sondado fora nos ensaios doutrinários calvinistas), conduz adiante aquele diálogo em cujo desdobramento as referências de louvor direcionadas ao homem Jó, em realidade, constituiriam referências a Si próprio?
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