terça-feira, 24 de junho de 2014

REGÊNCIA DA IMPIEDADE NO ENFOQUE CALVINISTA

“Assim, onde Moisés registra [Dt 2.30] que o rei Seom não concedera passagem ao povo porque Deus lhe havia endurecido o espírito e lhe fizera obstinado o coração, de imediato acrescenta o propósito de seu plano: “Para que o entregasse em nossas mãos”, diz ele. Portanto, visto que Deus queria que ele se perdesse, a obstinação do coração era a preparação divina para a ruína.
Atiladamente, assim define Agostinho a matéria em certo lugar: “Que os maus pequem, isso eles fazem por natureza; porém que ao pecarem, ou façam isto ou aquilo, isso provém do poder de Deus, que divide as trevas conforme lhe apraz.” (Institutas, vol. II, págs. 78 e 79)


Diante de tais afirmações, não há escape à conclusão de que, em imensurável distância de dúvidas, não existiriam homens bons nem homens maus, mas tão-somente aqueles por Deus imutavelmente orientados à maldade e aquel’outros por Deus inarredavelmente orientados à bondade?


O calvinismo, portanto, defende a tese de que Deus seria o criador, direcionador, instigador e consumador da maldade que assola o mundo...e de raríssimas bondades que poucas vezes se veem.

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