sexta-feira, 27 de junho de 2014

IMPOSSÍVEL DISTINÇÃO ENTRE ELEITOS E RÉPROBOS

“No que respeita a esta consideração, nego que Deus nos engane de forma desumana, quando a nós, que sabe sermos de todo desprovidos de capacidade para fazê-lo, nos convida a merecer suas bênçãos. Mas uma vez que as promessas são oferecidas igualmente a fiéis e a ímpios, sua aplicação se refere a ambos. Da mesma forma que, mediante os preceitos, Deus punge a consciência dos ímpios, para que não se deliciem nos pecados de forma tão deliciosa, sem nenhuma lembrança de seus juízos, assim nas promessas lhes faz de certo modo testificar quão indignos são de sua benignidade. Pois, quem haja de negar que é mui justo e próprio que o Senhor cumule de bênçãos aqueles de quem é honrado,  mas, na medida de sua severidade, castigue aos que desprezam sua majestade?” (Institutas, vol. II, pág. 93)


Tal construção de palavras, derivadas de apontamentos do segmento religioso calvinista, não revela qualquer sentido BÍBLICO, eis que se Deus sabe sermos de todo desprovidos de capacidade para fazê-lo’, por que, então, somos reputados como ímpios e, assim, ‘indignos de sua benignidade’, e, ainda por cima, recebermos o ‘castigo’ em razão de supostamente deliberado desprezo da majestade de Deus, enquanto aquel’outros, igualmente, tanto quanto nós, em sentido oposto, incapazes de deliberadamente honrar a Deus, são ‘cumulados de bênçãos’?

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