terça-feira, 29 de dezembro de 2020

PLANOS DE SAÚDE E OS MAIORES DE SESSENTA ANOS

O que se faz contra ou em claro detrimento de pessoas que, em vez de preferencialmente morrerem, "ousam" atingir a idade de sessenta anos neste país, não se revela apenas gritantemente discriminatório, mas é desumano, é algo odioso, torpe, nauseante, abjeto, pois que a partir dessa fase de vida, neste estranho e mal-aculturado país, todos passam a ser mal olhados, olhados com desdém, tidos como fardos a serem oportunamente descartados, entre descartes pontuais do tipo negativa de cobertura, recusa de atendimento, reajustes representativos de verdadeira extorsão criminosa, via de regra impunes num Brasil em que grande parte das leis ou são obscuras, ou propositadamente redigidas de modo pífio, abrindo ensejo aos mais estapafúrdios argumentos em prol dos exploradores da vida alheia.

Isso tudo sob os olhares condescendentes do Estado e de um Poder Judiciário claudicante, além de protagonizado por uma horda de sanguessugas da pior estirpe, inseridos num aglomerado de empresas captadoras de recursos hauridos de trabalhadores de todas as classes que comumente necessitam de algum tipo de assistência médico-hospitalar.

Esquecem-se ou não se dão conta de que os insensatos também encontrar-se-ão com a velhice, os insensíveis do mesmo modo defrontar-se-ão com a enfermidade, os ensimesmados igualmente expirarão.


Pior ainda, não se aperceberam de que o Juízo Divino é simplesmente infalível.

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