sábado, 4 de julho de 2015

BUSCA IDOLÁTRICA QUE NÃO CESSA

Os numerosos movimentos religiosos que campeiam pelo mundo são erigidos por incontida necessidade de apego, de âncora, de um qualquer referencial de vida ‘inda que irremediavelmente distante da essência da vida, aos quais se outorgam nomes os mais mirabolantes e via de regra destinados à exaltação de meros homens, de que são exemplos remotos Calvinismo e Luteranismo, lado a lado com muitos outros com denominação modernizada e adaptada às variações comportamentais que com o passar do tempo eclodem às golfadas, cuja desagradável enumeração se faz desnecessária.

Esses dísticos religiosos representam claramente uma dentre tantas e tristes espécies de idolatria que impregnavam e continuam impregnando o mundo.


O ser humano tende à idolatria, é propenso à idolatria, não consegue viver sem idolatria, não consegue, unicamente pela fé, voltar-se exclusivamente para Deus como Deus, como Espírito Invisível e Todo-Poderoso.


Vive-se entre comichões ou pruridos existenciais para cujo alívio buscam-se pessoas e coisas nas quais se podem fitar os olhos, nas quais se podem colocar as mãos, às quais se podem render as mais descabidas e desconexas homenagens e, imprescindivelmente, são passíveis de serem exibidas, apregoadas, enaltecidas e cantadas em prosa e verso.

É mais fácil, é mais palatável, é palpável, é lazer, demanda menos entrega espiritual, menos fé, menos negação do eu, menos percepção da alma.


Portanto, exibe aguda similitude com o bezerro de ouro fundido por Aarão diante das lamúrias nauseantes de um povo contumaz e espiritualmente estropiado, não obstante maravilhosamente conduzido pelo Espírito de Deus.

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