quinta-feira, 10 de abril de 2014

REFORMA PROTESTANTE OU REFORMA DA BLASFÊMIA

Os homens que se arrogam a si o pomposo título de “Reformadores”, e a quem são rendidas desmedidas homenagens, discorreram profusamente em livros sobre os chamados Pontos da Reforma Protestante, como se havendo de si mesmos, numa espécie de arrebatamento, descoberto coisas inimagináveis e até então ocultas aos olhos de toda a humanidade, principalmente aos olhos dos cristãos.


Puseram-se a enumerar aquilo que denominaram cinco solas e passaram a defendê-los, qual graduandos ou mestrandos ou doutorandos em supostamente elevados e eruditos estudos ditos teológicos, aglutinando-os assim:

Sola Fide: Somente a Fé
Sola Scriptura: Somente a Escritura
Solus Christus: Somente Cristo
Sola Gratia: Somente a Graça
Soli Deo Gloria: Glória somente a Deus

Conforme universalmente e irrestritamente sabido, a Igreja, uma vez consumada, pela Cruz, a Nova Aliança, nasceu ou foi instituída pelo próprio Senhor Jesus Cristo através de homens robustecidos pelo Espírito Santo, denominados Apóstolos, tão bem conhecidos e cuja trajetória de vida, exemplo irrestrito a ser seguido, encontra-se detalhadamente exposta nas Escrituras de maneira maravilhosamente translúcida.

A vida da Igreja, a vida em Igreja, os passos a serem trilhados pelos que a integram através do mistério da conversão, igualmente jazem minudentemente e inconfundivelmente explícitos na Bíblia, ao alcance de qualquer pessoa, seja letrada, iletrada, graduada, pós-graduada, ou até mesmo analfabeta, alcançada pelo ouvir.

O Sola Gratia (Somente a Graça) e o Sola Fide (Somente a Fé), axiomaticamente e retumbantemente falando, não são “descobertas” protagonizadas por pretensos Reformadores quaisquer, pois que a respeito de ambas assim se pode pacificamente ler na Palavra Santa:


"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Efésios 2 : 8)

"Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele." (Hebreus 10 : 38)


“Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo...” (I Pedro 1:5)


O Solus Christus (Somente Jesus) representa o ponto fundamental do relacionamento de Deus com a criatura, Sua imagem e semelhança, e envolve tanto o Antigo como o Novo Testamento. Olhemos para a Bíblia e sorvamos a seguinte e absolutamente contundente passagem:


"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4 : 12)


O Sola Scriptura (Somente a Escritura) constitui um dos pilares da fé cristã e apresenta-se como uma imensurável obviedade que ecoa por todo o universo. De fato, deste modo se lê na Palavra de Deus:


"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;"  (II Timóteo 3 : 16)

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12)


O Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus) representa outra inamovível verdade Bíblica, muitíssimas vezes solenemente grafada na Palavra Santa, como nestas transcrições se pode relembrar apenas exemplificativamente:


"Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura."  (Isaías 42 : 8)

"Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças;"  (Isaías 45 : 5)

Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro. (Isaías 45:6)

"Não terás outros deuses diante de mim."  (Êxodo 20 : 3)


Ora, se pessoas se corromperam, se desviaram, se entraram em desatino espiritual, não significaria isso jamais que houvesse se tornado necessária a realização de uma excrescente e esdrúxula “Reforma”, na medida símplice e irrefutável em que a Igreja de Cristo é representada por pessoas individualmente, por corações convertidos, por aqueles que, imbuídos de simplicidade e de zelo, tão-somente tornem ou retornem aos ensinamentos do Senhor da Igreja e dos Apóstolos pelos quais a Igreja fora indestrutivelmente e imutavelmente fundada.

Com outras palavras, se há corrupção, se há desvios, se há desvarios, a solução não estaria numa suposta e despropositada “Reforma”, pois que, exatamente na forma Bíblica, quando alguém se extravia, quando o ser humano se lança ao pecado e se deixa atrair pela malignidade, o chamado de Deus sempre foi no sentido do arrependimento, do envergonhar-se, do voltar-se para Jesus Cristo, do lembrar-se dos mandamentos, do curvar-se aos ensinamentos Bíblicos estampados nas Escrituras e cujo pleno entendimento não está nem nunca esteve na dependência de “Eruditos” quaisquer, de “Doutores” quaisquer, tampouco de “Reformadores” quaisquer.

Em verdade, se de Reforma se pudesse falar, referir-nos-íamos exclusivamente ao coração do ser humano, à concupiscência dos olhos, à concupiscência da carne e à soberba da vida, porquanto todas as heresias do Romanismo que teriam dado origem ou estimulado a apregoada “Reforma” são conseqüência unívoca do pecado, do desapego à Lei de Deus, do cabal e acintoso menosprezo à Bíblia, razão pela qual surgiram crendices como Purgatório, Indulgências Gratuitas ou Compradas, Idolatrias incontáveis e Blasfêmias inescamoteáveis.

Todo cristão genuíno sabe suficientemente que a Bíblia é o Livro Santo (Sola Scriptura),  que a Salvação é pela Graça (Sola Gratia) mediante a Fé (Sola Fide) obviamente e unicamente em Jesus Cristo (Solus Christus), PORQUE TUDO ISSO ESTÁ ESCULPIDO EM LETRAS INAPAGÁVEIS NA PALAVRA DE DEUS, Criador dos céus e da terra e, claro, digno de toda honra e sublime detentor de exclusiva glória (Soli Deo Gloria).

E, infinitamente longe de qualquer tênue dúvida, blasfêmias não se reformam: blasfêmias se deixam, blasfêmias se repudiam, blasfêmias se abandonam, quando se tem no coração a vera inclinação do Espírito.

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