Por que o ser humano é tão apegado à vida se a vida protagonizada por ele próprio não passa de um amontoado confuso de sofrimentos e superfluidades as mais indizíveis?
Por que esse apego, se morre invariavelmente com as mesmas doenças de séculos pretéritos, com a mesma média de idade, com as mesmas rugas, com a mesma decadência física, com a mesma degeneração cerebral?
Por
que essa enraizada afeição se a curta peregrinação humana limita-se às mesmas
práticas egoísticas de um passado mofadamente remoto, a robóticos e estéreis clamores
ou meras menções ao Criador desconectadamente dos céus, ao cultivo da mesma
perversidade, marcada pelo mesmo e absoluto desconhecimento a respeito de tudo
o que diz respeito à existência em amplo sentido?
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