domingo, 18 de junho de 2023

O PENOSO FARDO DE NOSSAS INCONSISTÊNCIAS

Sonhei que estava dormindo e, inquieto, vi-me imerso em um sonho.

Acordei e me dei conta de que o sonho do sonho fora apenas sonho.

Daí, passei a sonhar novamente, agora com olhos piscantes, supostamente acordado.

Olhei com os olhos da alma, perscrutei tempos passados, fixei o pensamento no presente e me deparei com a realidade imponderável e com a irrealidade ponderável da vida tal como a exaurimos dia após dia.

Percebi que tudo que existencialmente nos rodeia são sonhos.

Percebi que não sabemos discernir entre sonhos sonhados e sonhos idealizados.

Percebi que não sabemos sonhar sonhos sonhados, tampouco construir sonhos consistentemente plausíveis.

Percebi que tanto estes como aqueles inexoravelmente se esvaem ao compasso da peregrinação neste mundo e que, como imponderavelmente declara a Bíblia, "tudo passa perante nossos olhos".

 

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