Proclama
João Calvino (‘Institutas’, vol. III, pág. 396):
“Podes dizer: ‘Visto
que Deus anteviu que haveríamos de ser santos, por isso nos elegeu’ – e assim
inverterás a ordem de Paulo. Portanto, com isso podes concluir com certeza: Se ele nos elegeu para que fôssemos
santos, então não elegeu porque previa que assim o haveríamos de ser.”
POR
SUA VEZ, O LEITOR, A MEIO-TOM:
Calvino, refutando qualquer infinitésima
possibilidade de ação ou de participação do homem na salvação, põe
de parte até mesmo a PRESCIÊNCIA de Deus. Para ele, a salvação decorre
unicamente ou tem como solitária mola propulsora a ação
unilateralíssima de Deus por meio da PREDESTINAÇÃO ANTES QUE O
MUNDO EXISTISSE.
Do que se pode placidamente concluir que, em
realidade, a salvação constitui uma ilusória realidade, ou, mais
especificamente, a salvação simplesmente NÃO EXISTE, pois que as criaturas, imagem e semelhança de Deus, são tão-somente CRIADAS,
PROJETADAS, MARCADAS E DEMARCADAS para esse ou para aquel’outro destino eterno,
sem
qualquer mínima ou infinitésima possibilidade de ESCOLHA, OU DE OPÇÃO, OU DE
ARBÍTRIO, MUITO MENOS DE LIVRE-ARBÍTRIO.
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