“Portanto,
estamos afirmando o que a Escritura mostra claramente: que designou
de uma vez para sempre, em seu eterno e imutável desígnio, àqueles que ele quer
que se salvem, e também àqueles que quer que se percam. Este desígnio, no
que respeita aos eleitos, afirmamos haver-se fundado em sua graciosa
misericórdia, sem qualquer consideração da dignidade humana; aqueles, porém, aos quais destina à
condenação, a estes de fato por seu justo e irrepreensível juízo, ainda que
incompreensível, lhes embarga o acesso à vida.” (Institutas, vol. III, pág. 393)
Em
outra parte de seu livro, o escritor João Calvino afirma que Adão possuía “um
certo arbítrio-livre” pelo qual ele detinha a possibilidade de exercitar o
QUERER ou o NÃO-QUERER.
Entretanto,
agora, o polígrafo francês nem mesmo se lembra da existência de Adão, muito menos do arbítrio
adâmico, e proclama que,
pelo eterno e imutável desígnio de Deus, tudo já estava definitivamente
estabelecido desde a eternidade, vale dizer: uns poucos para a vida infindável e
a multidão restante, homens, mulheres, crianças nascidas ou por nascer, ou
fetos natimortos, para o ranger de dentes da condenação.
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