“Porque não sabemos quem pertença ao número dos predestinados, ou não pertença, assim nos
convêm tratar a todos, querendo que venham a ser salvos. Assim procuraremos fazer com que todos sejam participantes de
nossa paz. Mas, nossa paz repousará somente
sobre os filhos da paz.” (Institutas, vol. III, pág. 424)
Mas
o próprio escritor, ele próprio, declara que não se tem conhecimento sobre
quais sejam os privilegiados com a preordenação eletiva e como poderia afirmar
que "nossa paz" há de
alcançar exclusivamente os filhos da paz?
Nós quem?
Estaria
o doutrinador em questão apto a se dizer ou a se reconhecer como salvo, ou,
mais exatamente, como
predestinado,
enquanto vivo estiver, uma vez que não conhece o futuro?!
Quiçá
aconteceria que, a certa altura da vida, seja ele despertado para seu imutável
destino de perdição, ou, preferivelmente e muito desejavelmente, o inverso
haverá também de ser estritamente verdadeiro, isto é: o que se pensa perdido,
de repente se mostra desperto pela marca indelével da predestinação para a vida
eterna...
O
raciocínio predestinatório, puro e simples, pura e simplesmente, não conduz a
lugar nenhum!
Qual
seria o indicativo claro da eleição pré-decretada?
No
fato de lermos a Bíblia?
No
fato de declararmos que cremos em Jesus Cristo, digo, na predestinação?
No fato de fazermos largas ou
curtas orações em comum ou em solitário? No fato de não roubarmos? No fato de não defraudarmos? No fato de não
matarmos?
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