Muitas
dentre as pessoas que adotam ou dizem adotar o calvinismo, ou que se declaram
calvinistas, assim se apresentam
não exatamente porque hajam assimilado ou compreendido as
abordagens do francês Calvino; não
exatamente porque hajam lido as teses escritas por
Calvino; não
exatamente porque hajam se debruçado na construção
literária de Calvino; não exatamente por terem ao menos folheado os quatro volumes das
dissertações lavradas por Calvino; não exatamente por interiorizarem as extravasões doutrinárias
desse escritor...
A razão primordial deriva do fato
de que
“ouviram dizer”; ou porque lhes fora assegurado por
partidários “especialistas”; ou porque soou-lhes ao ouvido que os experimentos predestinacionistas de
João Calvino constituiriam fiel interpretação da Palavra de Deus; ou porque alguém bradara em repisados
trissílabos ou
algo símile que João Calvino seria o autor da Magna Obra do Cristianismo; ou porque percebem ou tenham
percebido que pessoas reputadas como socialmente importantes e vestidas
elegantemente se identificam como calvinistas; ou porque lhes fora noticiado ou sugerido que
ser calvinista é ser garboso, é
ser descompromissado com numerosos e laboriosos compromissos bíblicos, é desfrutar de mais tempo para lazer, é livrar-se de constrangimentos da consciência em prol da
conscientização de que o Evangelho, pregado
ou não, anunciado ou não, seja por este, por aquele ou por quem quer que seja, não interferirá minimamente nem na
salvação de almas, nem na perdição de almas, sob a consideração de que, na
linguagem calvinística, almas não se salvam e almas não se perdem.
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