Repercute o
francês João Calvino (‘Institutas’, vol. II, pág. 119):
“O mesmo ensina ainda o Apóstolo, em outro lugar [Rm 11.32], que Deus a todos encerrou
debaixo da incredulidade, não para que os perca, ou deixe que todos
pereçam, mas para que ele tenha misericórdia de todos.”
Longe, muito longe, de dúvidas, detecta-se, aqui, uma enorme
(e rotineira) contradição do escritor, consistente em que, embora citando passagem bíblica de
indubitável clareza, ele se cala como se a admitir ou com o aberto propósito de
admitir que
“Deus a todos encerrou debaixo da
incredulidade, não para que os perca, ou deixe que todos pereçam, mas para que ele tenha misericórdia de todos” ;
quando, em verdade, sabe-se aos quatro ventos que ele
mesmo (o polígrafo gaulês) diz, declara, preconiza e apregoa incansavelmente
que não se pode sequer cogitar a possibilidade de “TODOS”, pois
que, ao seu
entender, existem aqueles (específicos e pré-marcados) que são, esses apenas, alcançados
pelo Decreto Eletivo de Deus, e que Cristo não morreu por TODOS, mas somente por uns poucos,
o que, entre outras variantes, significa lançar no vácuo uma das Passagens
Bíblicas mais contundentes, ou mais emblematicamente contundentes, ou mais
espiritualmente significativas, qual seja: João 3:16.
Calvino, porque contaminado pela sua vaidade, presunção e cegueira, achou-se “porta-voz” de “não-sei-quem” e perdeu-se, perdendo também tempo produzindo literatura confusa, completamente descolada e distante da simplicidade do evangelho, da simplicidade devida a Cristo, o Filho Unigênito de Deus. Em sua produção literária Calvino ocupou-se obcecadamente em demostrar o que aos olhos de todos sempre estará patente: a soberania de Deus. Mas, por outro lado, não foi enfático nem se ocupou em apontar para o insondável e maravilhoso amor de Deus. Esse amor, sim, demonstrado a todos nós – homens pecadores e inimigos de Deus – deve merecer toda a nossa agradecida, humilde e reverente atenção, todo nosso esforço literário e todas as nossas doxologias, sem vaidade, para desse amor fazer sincera e necessária apologia. Calvino, cuja trajetória de vida tem episódios deploráveis, pretensiosamente e tolamente quis “arrombar” a porta dos mistérios de Deus e, como se o tivesse conseguido, produziu literatura danosa e com esta, sim, conseguiu seduzir alguns tolos – não desavisados e negligentes e que não se importaram de ter conhecimento de Deus, buscando para seus ouvidos palavras agradáveis de doutrinas estranhas.
ResponderExcluirAproveitando o tempo da paciência de Deus e as suas misericórdias que se renovam cada manhã, é necessário lembrar que Deus não se agrada de tolos.
Eu prefiro contemplar os céus e quedar-me com essa indefinível paisagem, porque, para além da beleza, a Bíblia declara solenemente que ELES (os céus) MANIFESTAM A GLÓRIA DE DEUS E O FIRMAMENTO ANUNCIA A OBRA DAS SUAS MÃOS; UM DIA FAZ DECLARAÇÃO A OUTRO DIA, E UMA NOITE MOSTRA SABEDORIA A OUTRA NOITE; SEM LINGUAGEM, SEM FALA, OUVEM-SE AS SUAS VOZES EM TODA A EXTENSÃO DA TERRA, E AS SUAS PALAVRAS, ATÉ AO FIM DO MUNDO. Eu prefiro curvar-me ao que a Bíblia diz multiplicadamente, no sentido de que Deus quer, deseja e estimula o homem a d'Ele se aproximar não reticentemente. Eu não consigo harmonizar intelectualidade ou erudição ou teologia com a mensagem real, com a tônica inconfundível da Palavra de Deus.
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