“No que
respeita a esta consideração, nego que Deus nos engane de forma desumana, quando a nós,
que sabe
sermos de todo desprovidos de capacidade para
fazê-lo, nos convida a merecer suas bênçãos. Mas uma vez que as
promessas são oferecidas igualmente a fiéis e a ímpios, sua aplicação se refere
a ambos. Da mesma forma que, mediante os
preceitos, Deus punge a consciência dos ímpios, para que não se deliciem nos
pecados de forma tão deliciosa, sem nenhuma lembrança de seus juízos, assim nas
promessas lhes faz de certo modo testificar quão indignos são de sua
benignidade. Pois, quem
haja de negar que é mui justo e próprio
que o Senhor cumule de bênçãos aqueles de quem é honrado, mas, na medida de sua
severidade, castigue aos que desprezam sua majestade?” (Institutas, vol. II, pág. 93)
Tal
construção de palavras, derivadas de apontamentos do segmento religioso calvinista, não revela
qualquer sentido BÍBLICO, eis
que se Deus sabe ‘sermos de todo desprovidos de
capacidade para fazê-lo’, por que, então,
somos reputados como ímpios e, assim, ‘indignos de sua benignidade’, e, ainda por cima, recebermos o ‘castigo’ em razão de supostamente
deliberado desprezo
da majestade de Deus, enquanto aquel’outros, igualmente, tanto quanto nós, em
sentido oposto, incapazes de deliberadamente
honrar a Deus, são ‘cumulados de bênçãos’?
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