Desde
seus primórdios, o mundo e seus habitantes vivem qual embarcação à deriva,
chacoalhada por ventos de toda estirpe, vigor e direcionamento.
Nada
ou quase nada há, entre os viventes, passível de asseverações categóricas,
simplesmente porque nós, os viventes, sob o balouçar daqueles ventos, embora investigadores
e esquadrinhadores por natureza e à nossa peculiar maneira, não aprendemos, não
descortinamos, não tocamos o âmago da existência.
Tudo
passa pelo crivo do tempo e pelo tempo sofre alterações ditadas por modismos,
por delírios, por “verdades” que são e têm
sido religiosamente abandonadas, ou revistas em sua síntese, ou ainda remodeladas
desde sua incipiência ou estrutura rudimentar.
Mesmo
aquilo, tudo aquilo, todas aquelas cerimoniais e duradouras “convicções”(sic) humanas, que por séculos pareciam
emolduradas pelo aprofundado conhecimento ou até por suposta obviedade,
igualmente cedem terreno para o desenrolar do tempo, não raro de maneira
deprimente; por vezes, de modo tristemente grotesco.
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