A
cada dia, a cada ano, ganha mais “desenvoltura”(sic)
a prática de remoção de órgãos de assim chamados doadores e reinserção deles em
outras pessoas, chamadas donatárias ou receptoras.
É
um tal de arrancar rim, arrancar olhos, arrancar fígado, arrancar coração,
arrancar pele, arrancar pulmão, arrancar ossos, arrancar orelha, arrancar
medula, sugar sangue, arrancar sabe-se lá mais o quê!
E
tudo em prol da apregoada, estimulada e propagandeada generosidade
consubstanciada na doação de órgãos que tem como objetivo igualmente reputado
como generoso ou abnegado (ou heroico, para alguns) suprir as necessidades
prementes de pessoas que se encontram em complicado ou grave estado de saúde
para cuja solução, segundo a ótica de cientistas, o transplante seria o único
meio possível para “salvar”
a vida do desafortunado doente.
O
fato é que tudo isso se tornou tão popularizado e tão alastradamente praticado,
que chega a aparentar contornos quase de banalidade ou algo rotineiro, com a
diferença de que, para alguns (muitos) criminosos médicos e não-médicos, completamente
descompromissados com qualquer estirpe de escrúpulo, a “doação”
de órgãos tornou-se uma atividade extremamente lucrativa (embora notoriamente
macabra), ao ponto de se praticar abertamente o tráfico nacional e
internacional de órgãos e, para isso, até mesmo o assassinato de pessoas com a
única e unívoca finalidade de “esquartejamento”
pró-doação.
Agora,
imagine-se tudo isso num país onde a baderna, a criminalidade generalizada e a
corrupção deslavada e impune são a tônica! Imagine-se tudo isso num contexto de
grande número de profissionais da área médica fraudulentamente diplomados
(vestibulares burlados, faculdades de baixíssimo nível, professores sem o imprescindível
credenciamento curricular etc.) e sob vários ângulos de análise despreparados,
inclusive em termos de ética, além de, em síntese, flagrantemente
incompetentes!
O
resultado prático que de quando em vez, em conta-gotas, aparece em uma ou outra
reportagem jornalística ou televisiva, é que verdadeiras quadrilhas de médicos
em conluio com plúrimos tipos de facínoras, infiltrados em hospitais e em
outros variados tipos de instituições, arranjam sempre uma maneira de “apressar”
a morte dita cerebral de alguém (já se viram numerosas reportagens nesse
sentido), no intuito de nele levar a cabo uma série de práticas que encheriam
de inveja até o Estripador de Londres (o folclórico Jack The Ripper).
Especificamente
em relação à doação em si de órgãos (alheando-me por um pouco daquelas doações “compulsórias”
ou “clandestinas”),
pergunto-me, freqüentemente: Seria isso racional? Seria isso um ato revelador
de amor cristão e desprendimento espiritual? Seria isso compatível com a
vontade de Deus? Seria isso Bíblico? Seria isso uma demonstração inequívoca de amor ao próximo como a si mesmo?
Por
esse ângulo de pensamento, faz-se imprescindível destacar aquilo que todos os
profissionais da área médica sabem mas que evitam claramente comentar, ou seja,
que pessoa “diagnosticada”(sic) com suposta
morte cerebral ou dita como cerebralmente inativa jamais poderia ser equiparada
a um morto ou a um cadáver, no significado óbvio e sabido por qualquer pessoa,
em qualquer lugar do planeta, seja de que classe social for.
Em
alguns persistentes momentos, a mim se me ocorre que tanto a doação quanto a
recepção de órgãos (pulmão, rim, fígado, coração, olhos, ossos, peles, orelhas,
dedos etc.) seriam perfeitamente dispensáveis quando se considerar que a morte
física é apenas a morte física e que a cura de enfermidades é sempre resultado
de um milagre e que milagres provêm unicamente de Deus. Em outras palavras, se
a doença se agrava ao ponto de indicar morte iminente, por que não nos
colocarmos apenas e tão-somente nas mãos do Criador, quer vivos, quer mortos
fisicamente?
Por que não morrer, retendo a firme convicção de
que a vida eterna se nos abre pelas Promessas do Senhor Jesus? Por que não a
dignidade de uma morte na presença de Deus? Apenas morrer e ser conduzido à
sepultura! Por que buscar a cura (conjecturada cura) a qualquer custo, ‘inda
que seja estripando doadores cuja
suposta e triste morte “cerebral” declarada por médicos representa morte "celebrável" para pessoas que guardam lugar na fila de
espera de órgãos? Além
do mais, insisto, morte encefálica pode
ser considerada morte na acepção plena? Quem o diz? E quanto à alma ou ao
espírito imortal resultante do sopro de Deus?
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