Uma das
maneiras de se respeitar e preservar a vida é compreender o transcendental
significado da morte e, a partir daí, aceitá-la contemplando a sua
inevitabilidade com a consciência cristã da cessação do que era transitório e a
certeza do início da infinitude.
No mundo atual, em meio à assim chamada modernidade, tornou-se
politicamente correto fazer apologia à doação de órgãos humanos, tornou-se
chique ou até mesmo requintado ou heroico ou pleno de magnanimidade alguém se
declarar como doador de órgãos post mortem, em função do que ganha entusiasmados olhares de simpatia por
todos os lados, passando a ser considerado como inserido no contexto.
O que não se percebe ou o que não se diz ou o que não se
aborda ou o que se evita claramente e vergonhosamente é o fato incontrastável
de que doação de órgãos após a morte jamais poderia ser confundida com doação
de órgãos em situação de morte iminente ou quase-morte ou morte provável, ou
moribundez ou tantas outras adjetivações que poderiam ser utilizadas para essa
hipótese, mas que na linguagem corrente, mais exatamente na linguagem das
pessoas que exercem o ofício de médico, adotou-se o epíteto de morte cerebral;
não raro, também chamada de morte encefálica.
Não é preciso graduação em ciências médicas ou algo símile
para se ter a plena compreensão ou a absoluta percepção de que morte cerebral ou encefálica decididamente e
escandalosamente não é morte.
Uma pessoa qualquer só pode ser considerada ou declarada MORTA quando, por um
tempo mínimo, jaz inerte, imóvel, sem batimentos cardíacos, sem respiração, sem
circulação sanguínea alguma, exibindo a clássica palidez cadavérica e com
sinais de rigidez que normalmente se iniciam na região cervical. Eis aí, pois, UM LEGÍTIMO CADÁVER, UM AUTÊNTICO
MORTO.
Essa história de morte cerebral ou encefálica representa ou
constitui uma horrorosa, inescrupulosa e criminosa invenção, inclusive "legalizada"(sic) pelos poderes constituídos e "regulamentada"(sic) através de Resolução do Conselho
Federal de Medicina, e a partir dessa inescrupulosa e calculada manobra ou
invencionice abriram-se pretextos para o macabro estripamento de pessoa VIVA,
decepando-se coração, pulmão, fígado, rins, olhos, pele e sabe-se lá mais o
quê, com o objetivo anunciado de serem "enxertados" numa outra pessoa igualmente VIVA,
mas que, segundo os elevados raciocínios de uma sociedade gravemente mórbida,
teria maiores chances de permanecer viva do que aquela de quem os órgãos foram
tetricamente arrancados.
Tudo isso, além de inevitavelmente poder ser considerado
verdadeiro homicídio legalizado, mostra-se também como indizível falta de
ética, falta de respeito, falta de humanidade, falta de sensibilidade mínima e,
obviamente, abissal distanciamento da essência da vida como concebida por Deus.
Nenhum suposto médico está apto a declarar que alguém se
encontra em irrecuperável estado de quase-morte, não obstante mantidos os
batimentos cardíacos, a circulação, a sensibilidade, a pressão sanguínea etc.
Há inúmeros registros de pessoas que, declaradas cerebralmente ou
encefalicamente mortas, antes de serem estripadas por ávidos manejadores de
bisturis, reagiram, recuperaram-se, sobreviveram, viveram, seguiram suas vidas,
estudaram, trabalharam, constituíram família, tiveram filhos, viram seus netos.
Similarmente, há registros emblemáticos de mulheres grávidas
que, declaradas "cerebralmente mortas"(sic) ou "tecnicamente
mortas"(sic), levaram adiante a gravidez durante meses, até que o bebê,
recebendo os imprescindíveis suprimentos físicos, atingisse estágio mínimo de
desenvolvimento no ventre da mãe, isto é, intrauterino, que possibilitasse a realização de
parto cirúrgico. E, nesse caso, então, alguém diria que esse bebê nasceu de uma
"mãe
morta"?
Além disso, existem dados concretos e documentados de que
pessoas declaradas quase-mortas ou cerebralmente mortas ou encefalicamente
mortas ao serem submetidas ao repulsivo processo de recorte ou dilaceramento
para a frenética extração de órgãos demonstram
sentir dor, movem-se, gemem, expressam-se COMO VIVOS, PORQUE VIVOS ESTÃO.
Morte
Cerebral absolutamente e obviamente não é
Morte!
Morte
Encefálica evidentemente e irrefutavelmente não é
Morte!
Meia-Morte
e Quase-Morte não existem!
Moribundo
não é Morto!
Ou se está Morto ou se está Vivo!
Por que, cargas-d'água, os "especialistas" não chamam cadáver a quem
haja sido declarado como cerebralmente ou encefalicamente morto? A resposta é
simples: ELE
NÃO ESTÁ MORTO!
E
eles, em verdade deprimente, simplesmente planejam matá-lo com extrema
crueldade, extirpando-lhe furiosamente os órgãos para suprir as apregoadas
necessidades de quem, padecendo de enfermidade, esteja ansioso numa fila de
espera, torcendo angustiadamente pelo aparecimento de alguém que tenha sido
vítima de grave acidente e, pois, com chances grandes de vir a ser declarado
como "cerebralmente morto"...
Por fim, especificamente para os cristãos, o significado ou as
implicações elastecem-se muitíssimo mais significativamente, sob a consideração
de que o corpo de qualquer pessoa é a
habitação de sua Alma, de seu Espírito e do Espírito Santo de Deus, todos os
quais derivam do inescrutável sopro do Criador.
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