Se considerarmos os acontecimentos da
Bíblia, nas narrativas do Antigo Testamento, e aqueles abundantes que segundo a
mesma Bíblia sucediam, pelo historiar do Novo Testamento (Nova Aliança), quando a proximidade com Deus de certos e numerosos homens era notória,
palpável e eficaz, em melancólica comparação com o que sucede em nossos dias, tudo isso, lastimavelmente, parece ter sido um sonho, tudo isso parece
ter sido apenas uma história que, extraída do contexto bíblico, nele se contém
e nele simplesmente se encerra, como quando se vira a última página na
conclusão da leitura de um livro qualquer.
Nada semelhante se vê na atualidade, nenhuma
manifestação espiritual autêntica, nenhum natural acontecimento de cujos
matizes ou de cujas variantes se possa, em tal similaridade, vislumbrar ou
perceber a intercessão de Jesus Cristo, o agir do Espírito Santo e a
Toda-poderosa Mão de Deus deixando marcas visíveis e indeléveis em
ocorrências ou eventos que, não obstante integrarem o cotidiano do ser humano,
jamais poderiam ser reputados como desprezíveis ou destituídos de importância.
O cristão, naturalmente, não pode andar
à cata de espetáculo espiritual, como se vivesse por malabarismos teatrais,
objetivando a autopromoção, muito menos se lhe atestaria higidez na alma quando
se empertiga em extravasão de mórbida e grotesca vaidade.
A ação ou o mover espiritual de Deus na
vida do crente ou cristão, na exata amplitude e em estreita semelhança com as
verdades do Antigo e do Novo Testamento, há imperiosamente de ser real,
induvidoso e eficaz. Se nossos olhos isso não contemplam no
evolver hodierno da existência terrena, certamente não o poderíamos imputar a
algo como “cessacionismo”, na
linguagem de pessoas que esse antibíblico e anticristão modo de pensar
acalentam em seus cérebros, moldam em seus pensamentos e antepõem aos seus
olhos.
O Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o
mesmo desde toda a eternidade, n’Ele não há sombra de variação, e a Nova
Aliança no Sangue do Cordeiro nada desfez ou nada revogou, exceto os
cerimoniais e os juízos da Lei Mosaica.
Ao contrário de tal estéril entendimento, o
Senhor Deus nos trouxe para maior proximidade de Si mesmo, nos redimiu, nos
resgatou, nos adotou como Filhos, nos concedeu ainda maiores privilégios, legando-nos
o Espírito Santo, através do qual, dissipadas as futilidades, as estultícias e
as vaidades, nós nos reconheceremos a nós e reconhecer-nos-ão como
inconfundíveis cristãos, e pela fé agiremos e falaremos com genuíno
auto-esvaziamento e santa ousadia, vencendo obstáculos e calando o inimigo
de nossas almas, para honra e glória do Senhor Jesus.
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