Homens santos imbuídos de santa inspiração,
esvaídos de si mesmos, assim lavraram nas Escrituras:
“...Mas Deus, não tendo em conta os tempos da
ignorância, anuncia agora a todos os
homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por
meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre
os mortos.” (Atos 17:30-31)
Por seu turno, referindo-se a este específico
registro bíblico, um homem conhecido pelo nome de João Calvino, que de si próprio
declarou haver sintetizado em livro, por efeito de elevada inspiração, de
maneira irretocável, toda a interpretação da Bíblia, inclusive chegando a
salientar que a autoria de sua obra poderia ser dividida com o próprio Deus,
realizou a seguinte exegese:
“...Mas Deus,
não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora
a todos os homens que hajam sido para este fim predestinados desde antes
da fundação do mundo, e em todo o lugar, que se arrependam
e despertem para a vocação da eleição eterna; porquanto tem determinado um dia em
que com
justiça há de julgar o mundo, isto é, aqueles que não foram alcançados através
de seu secreto e predestinatório conselho, por meio do homem que destinou; e
disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:30-31)
Não satisfeito, esse
mesmo polígrafo chamado João Calvino "estica" sua doutrinação predestinatória ao ponto de, por sua conta e risco,
imputar maldição, condenação e pecados a crianças não nascidas, a crianças em
fase de amamentação, a crianças tenras, igualando-as a qualquer homicida,
estuprador, terrorista e demais loucos que infestam o mundo, todos estes e aquelas crianças igualmente preordenados
ao inferno, por haverem "rejeitado a
Deus". É isso que esse moço apregoa em sua aventura
literária conhecida como Institutas da Religião Cristã, ao escrever:
"...as próprias crianças,
enquanto trazem consigo sua condenação desde o ventre materno, são
tidas como culposas não por falta alheia, mas pela
falta de si próprias. Ora, embora ainda não tenham trazido à
tona os frutos de sua iniqüidade, no entanto têm encerrada dentro de si a
semente. Com efeito, sua natureza toda é uma como que sementeira de pecado. Por
isso, não
pode ela deixar de ser odiosa e
abominável a Deus." (vol. II,
formato pdf, tradução de Waldyr Carvalho Luz)
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