Você
sabia que a principal e visceral razão das desordens institucionais e sociais
vividas pelos cidadãos deste país não pode, a rigor, num sentido específico,
ser considerada uma crise do Brasil em si mesmo, como Estado-nação?
A grande,
enraizada, mórbida e criminosa razão jaz na mentalidade esquálida ou na cultura
rançosíssima do DESCOMPROMISSO que prevalece ou que se cultiva ou que se adota
há séculos em todos os segmentos da sociedade dita organizada.
Alguém
em perfeito juízo acreditaria num milésimo daquilo que os governantes divulgam
como sendo fatores "dificultosos" para erguimento e crescimento de
nossa economia, sendo o Brasil um dos mais ricos ou riquíssimos países do mundo,
em termos de território, em termos de reservas, em termos de perspectivas de
agricultura, em termos de tudo?
A
deprimente questão reside na maneira de agir, no
modo de pensar, no
modo de falar, no modo de tratar a coisa pública, no modo de andar nas ruas, no modo de legislar, no modo
de governar, no modo de discursar,
no modo de avaliar, no
modo de analisar,
no modo de perceber, na
precariedade de vontade hígida,
na inqualificavelmente ridícula avacalhação
verde-amarela retratada e chargeada pelos sorridentes, palradores e desajeitados
palacianos, os quais ostentam em seus luxuosíssimos gabinetes um pedaço de pano
a que emprestam o nome de bandeira nacional, contendo o curioso dístico:
"ordem e progresso".
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