A tão apregoada e, pelas denominações religiosas evangélicas,
celebrada REFORMA PROTESTANTE constitui um arraigado e robusto MITO HISTÓRICO que conseguiu a extraordinária façanha de cruzar rios, mares e
continentes sem que sua real e inconsistente feição fosse detectada.
O padre Martinho Lutero, mundialmente aclamado como PAI DA REFORMA
não foi além de simples dissidente da estrutura religiosa romanista, sem dela destoar na essência, pois que jamais se
desapegou de determinadas e graves práticas antagônicas à Palavra de Deus, sem
mencionar o explícito antissemitismo por ele incompreensivelmente protagonizado.
Efetivamente, perceptivelmente, historicamente
e inegavelmente NUNCA SE LEVOU A EFEITO QUALQUER REFORMA, isto é, ao revés do que se disse, se diz, se escreveu e se escreve
séculos após séculos, a organização católico-romana não apenas permaneceu
apegada aos mesmos extravios bíblicos, mas elasteceu-os com o evolver do tempo,
alastrando-se e atraindo a si enorme influência e incalculável riqueza,
chegando ao inimaginável ápice de reivindicar e obter o status de Estado, conhecido como Vaticano.
Por conseguinte, revela-se gritantemente evidente que JAMAIS EXISTIU
OU ACONTECEU REFORMA ALGUMA. Tudo não passou de uma tênue dissidência do padre
Lutero que, com as tímidas e flagrantemente contraditórias noventa e cinco
assim chamadas teses, tentou DEBALDE promover algumas frágeis mudanças no
catolicismo romano, as quais NÃO SE TORNARAM PARTE DA REALIDADE.
A propósito, o exageradamente reverenciado escritor francês JOÃO
CALVINO declarara que, em virtude do alto grau de degeneração e corrupção do
catolicismo romano, não se fazia viável uma REFORMA como aparentemente
pretendida pelo padre Lutero, impondo-se a criação de uma NOVA IGREJA
diametralmente desvinculada.
Percebe-se, então, que até mesmo aquele, a quem é atribuído o epíteto
de REFORMADOR ou continuador da REFORMA, nega-a explícita e contundentemente.
Aliás, João
Calvino não apenas rejeita a REFORMA, não apenas rejeita a figura do padre
Lutero como PAI DA REFORMA, não apenas rejeita-se a si mesmo como REFORMADOR, pois
que chega à enfática descrição do catolicismo romano como sendo ASQUEROSA
MERETRIZ. [1]
Salienta-se, imprescindivelmente,
que a Igreja jamais necessitou de "REFORMA", considerando
que IGREJA, na acepção única e inconfundível, é aquela instituída pelo próprio
Senhor Jesus Cristo, através dos discípulos e apóstolos, os quais se fizeram
ilustres representantes da verdadeira Igreja, também conhecida como IGREJA
PRIMITIVA.
Implica dizer, daí, que, em inexpugnável realidade, o que sucedeu através do tempo foi o
afastamento do ser humano dos parâmetros da IGREJA PRIMITIVA, tal como concebida pelo Verbo-Que-Se-Fez-Carne, levados que fomos e
somos pelos engodos deste mundo que chafurda no pecado.
Conclui-se, inevitavelmente, que a grande e unívoca questão
definitivamente não é de "REFORMA", mas de RETORNO À SACRA ORIGEM, ou
seja, retorno aos parâmetros da SANTA IGREJA PRIMITIVA, claramente expostos na
Bíblia e ao alcance de todo aquele que a tanto se dispuser.
Diante de tais insuperáveis
evidências históricas, faz-se chocantemente incompreensível o posicionamento
das inúmeras ramificações religiosas evangélicas protestantes, no sentido de,
ano a ano, alardear e comemorar um mito como se fato histórico fosse.
[1] "Nesta
medida, como é a situação sob o papismo, é possível entender que gênero de Igreja aí subsiste. Em vez do ministério da Palavra, aí reina um regime degenerado e conflacionado de falsidades,
que em parte extingue a pura luz da
verdade, em parte a sufoca; no lugar da Ceia do Senhor introduziu-se o
mais hediondo sacrilégio; o culto de Deus foi deformado por variada e não tolerável aglomerado de
superstições; a doutrina, à parte da qual não subsiste
Cristianismo, foi inteira
sepultada e rejeitada; as reuniões públicas, reduzidas a escolas de idolatria e impiedade.
...
Quando,
porém, se chega à definição da Igreja,
não só, como se diz, a água chega a sua boca, mas se atolam em sua lama, visto
que constituem asquerosa meretriz no lugar da
sagrada esposa de Cristo!"
(Institutas da Religião Cristã, vol.
IV, págs. 53 e 56)
NA VERSÃO EM
INGLÊS:
"Since
this is the state of matters under the Papacy, we can understand how much of the
Church there survives. There, instead of the ministry of the word, prevails a perverted government, compounded of lies,
a government which partly extinguishes, partly suppresses, the pure light. In
place of the Lord’s Supper, the foulest sacrilege has entered, the worship of
God is deformed by a varied mass of intolerable superstitions; doctrine (without which Christianity exists not) is wholly
buried and exploded, the public assemblies are schools of idolatry and impiety."
...
"…but
when we come to definition, not only (to use the common expression) does the
water adhere to them, but they stick in their own mire, because they substitute
a vile prostitute for the sacred spouse of
Christ."
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