A melancólica realidade facilmente constatável é que reina completa confusão no contexto da religiosidade cristã, com a aberta beligerância entre denominações inumeráveis, cada qual defendendo avidamente sua mera teoria doutrinária, ou seu ilhado ponto de vista a respeito dos ensinamentos contidos na Palavra de Deus.
Não se chega a nenhum consenso, não se atinge a imprescindível harmonia, não há irmandade verdadeira, não se vislumbra a vital espiritualidade tão e repetidamente ensinada na Bíblia.
Ao tempo dos Apóstolos, isto é, os fundadores da Igreja de Cristo, Pedro, por exemplo, homem de pouca instrução (Atos 4:13), ao ser abordado por determinado indivíduo que clamava por socorro, disse-lhe:
“Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e
anda.” (Atos 3:6)
E aquele homem foi imediatamente curado.
Em nossos dias, desde sempre, o que se ouve e se vê é um festival de
arrogância, de extravasão indisfarçada da vaidade, de apego irresistível ao
dinheiro e à projeção pessoal e, ao contrário daquilo que ensinado pragmaticamente
e de modo santo pelos Apóstolos, a
passagem de Atos 3:6 foi substituída ou reescrita adulteradamente por:
“Tenho ouro e prata, sou mestre em teologia,
tenho doutorado em teologia, obtive o pós-doutorado em teologia,
especializei-me no texto bíblico, mas nada posso fazer por você”.
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