Sonhei que estava dormindo e, inquieto, vi-me imerso em um sonho.
Acordei e me dei conta de que o sonho do sonho fora apenas sonho.
Daí, passei a sonhar novamente, agora com olhos piscantes, supostamente acordado.
Olhei com os olhos da alma, perscrutei tempos passados, fixei o pensamento no presente e me deparei com a realidade imponderável e com a irrealidade ponderável da vida tal como a exaurimos dia após dia.
Percebi que tudo que existencialmente nos rodeia são sonhos.
Percebi que não sabemos discernir entre sonhos sonhados e sonhos idealizados.
Percebi que não sabemos sonhar sonhos sonhados, tampouco construir sonhos consistentemente plausíveis.
Percebi que tanto estes como aqueles inexoravelmente
se esvaem ao compasso da peregrinação neste mundo e que, como imponderavelmente
declara a Bíblia, "tudo passa
perante nossos olhos".
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