Inconfessavelmente pela boca de seguidores do
movimento religioso calvinista, quer por não o saberem, seja porque induzidos a
erro, quer por receio de desagradar e perder adeptos, tudo o que na Bíblia se encontra registrado
acerca de bênçãos de Deus ou maldições de Deus constitui uma espécie de
alegoria, algo como simbolismo, ou uma indescritibilidade ilusória, na medida em que, para o francês João Calvino, tão exaltado por seus
seguidores como o sumo expositor doutrinário, Deus não
se submete ou não se curva ou não se coloca à disposição de homens quaisquer no
sentido de observar-lhes as más ações e reagir-lhes diante dessas mesmas
pecaminosas ações, infligindo punições.
Tampouco haveria, da parte de Deus, expectativas
de nenhuma estirpe; muito menos, expectativas vinculadas a iniciativas supostamente
louváveis com origem na criatura homem de modo que, por efeito delas, o Criador
lhe houvesse de conceder bênçãos quaisquer.
Equivale a dizer que, para João Calvino e sectários, é impossível e
diametralmente fantasioso que de ações ou omissões humanas decorram,
sincronizadamente, reações advindas do Deus criador dos céus e da terra, ou que, como consequência
direta das variantes comportamentais do homem, condicionado a essas eventuais
ou possíveis ou potenciais condutas, Deus, assim e somente assim, como atento vigilante
submetido a tais expectativas que emanem de ações, omissões ou orações humanas,
se sinta motivado ou sensibilizado e, portanto, inclinado à concessão de
bênçãos ou à imposição de maldições.
_________________________________________________________
Artigos Relacionados:
ESAÚ SERIA O PROTÓTIPO DO MALDITO SEM CAUSA?
Nenhum comentário:
Postar um comentário