Muito se falou e muito se permanece
falando (em meio a repetidas comemorações) acerca da apregoada ‘Reforma Protestante’ que teria como precursor um homem de nome Martin
Luther, facilitadamente chamado no Brasil de Martinho Lutero.
A esse alemão de nascimento e padre da
Organização Religiosa Católico-Romana é atribuído o pomposo título de ‘Pai da Reforma’, esta que, segundo se apregoa em
livros e caudalosas extravasões verbais desde séculos, teria sido iniciada com
a elaboração de lacônicas frases denominadas “Teses”, em número de noventa e cinco, todas
concebidas pelo cidadão Lutero, e que seriam destinadas a desafiar a cúpula do
Catolicismo Romano ou convidá-la a um debate de natureza pretensamente
teológica.
A partir dessas tais noventa e cinco
frases concisas, algo contraditórias entre si e, sob a ótica e a autoridade
Bíblica, revelando heresias inegáveis, deu-se o surgimento de movimentos
insistentemente chamados de ‘Pró-Reforma’, debates aqui e acolá no seio do
Catolicismo Romano, hostilidades papais, ameaças, excomunhão etc., até à
sintetização daquilo que cerimonialmente e solenemente se nomeou como sendo "os Cinco Pontos da Reforma
Protestante" igualmente imputados ao padre alemão Lutero, e assim
enumerados textualmente:
1. Sola Fide
2. Sola Scriptura
3. Solus Christus
4. Sola Gratia
5. Soli Deo Gloria.
Decididamente, não se consegue e não se
pode compreender a veracidade, a efetividade ou a eficácia de uma ‘Reforma’ que jamais adentrou o âmago da realidade, a partir
da obviedade consistente em que o Catolicismo Romano não arredou pé de seus
extravios e heresias.
Nesse sentido, e por outro ângulo, é de
causar pasmo e perplexidez que ao cidadão Martinho Lutero seja atribuído o ato,
reputado aos cinco continentes quase como sendo de autêntico heroísmo, de, em
algum dia de sua vida terrena, ter aberto a Palavra de Deus (Bíblia) e nela
constatar, por simples leitura, o que o Criador dos Céus e da Terra, o Senhor
Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o que o Senhor Jesus, o que o Espírito Santo
derrama profusamente aos nossos olhos e ouvidos, isto é:
QUE sem fé é impossível agradar a DEUS;
QUE A BÍBLIA É A BÚSSOLA INSUBSTITUÍVEL em nossa
caminhada terrena;
QUE o senhor Jesus Cristo É O CORDEIRO DE DEUS QUE
TIRA O PECADO DO MUNDO E ÚNICO MEDIADOR;
QUE o Senhor Jesus É A EXPRESSÃO MÁXIMA DA NOVA
ALIANÇA NO SANGUE por ele vertido na cruz e que, portanto, a salvação é pela Graça,
ofertada a todos os homens no convite para que reconheçam e aceitem o senhorio
de Jesus Cristo, vale dizer, a salvação através da inefável graça;
E QUE, obviamente, toda a honra e toda a glória
PERTENCEM SOMENTE A DEUS.
Por conseguinte, não se pode nem sequer
falar ou mencionar a expressão ‘Reforma Protestante’, na medida em que NUNCA HOUVE NADA A
SER REFORMADO. O cenário existencial do tempo de Lutero (séculos atrás)
permanece o mesmo em termos de Catolicismo Romano, pois que nessa organização religiosa sempre se
erigiu resistência à Bíblia, à Palavra de Deus em si mesma.
E se, à época terrena de Lutero,
pessoas em particular e a organização religiosa oficial e dominadora rejeitavam
ou menoscabavam ou, por plúrimos e inconfessáveis motivos, punham de lado a
Bíblia, a questão ou o problema ou o entrave não era de ‘Reforma’, MAS SIMPLESMENTE DE VERGONHA em razão direta da falta de escrúpulo, do apego
mórbido a bens materiais, das práticas idolátricas, das blasfêmias, das
invencionices ditas teológicas, das fraudes e imposições, além da vaidade
desmedida.
Em conclusão, Martinho Lutero
definitivamente não foi e não é o “descobridor” da Bíblia e das retumbantes e notórias evidências
nela insculpidas pelo Espírito Santo, pois que a Palavra de Deus, por todas as
possíveis, imagináveis e inimagináveis formas, sempre esteve ao alcance da
criatura, imagem e semelhança de Deus, desde as tábuas do Monte Sinai. É o
livro mais antigo do mundo, mais impresso, mais divulgado, mais abordado de
todos os tempos.
A Reforma, conforme maravilhosamente
apregoada na Bíblia, que sempre foi extremamente e vitalmente necessária desde
antes dos tempos de Lutero e assim permanece há milênios, diz respeito
ao coração do homem,
que relutantemente se mostra desesperadamente perverso, na exata expressão que
se extrai da Palavra Eterna de Deus (Jeremias 17:9).
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