Há mais de cem anos pretéritos, quando o
cenário nacional brasileiro era bem mais ameno do que os horrores que hoje se
presenciam, Ruy Barbosa de Oliveira escreveu, entre muitas outras abordagens de
semelhante estirpe, o seguinte, referindo-se às aberrações jurídicas com as
quais ele convivia:
"...Num país onde, verdadeiramente, não
há lei, não há moral, política ou juridicamente falando."
Mal sabia ele — jamais imaginaria — que nos dias atuais estaríamos imersos em
verdadeira catástrofe de abominações jurídicas, perpetradas por repugnantes políticos de centésima
categoria e por pífios juízes de tribunais
superiores que, comparados com esse eminente jurista e polímata — orgulho dos
brasileiros lúcidos —, certamente seriam reputados como semianalfabetos.