Ninguém (NINGUÉM)
neste mundo detém a possibilidade de SER na acepção ampla da palavra, mas
meramente de ESTAR, pois que encontramo-nos imersos num processo ou num
sequencial de GIGANTESCO DESCONHECIMENTO de tudo e de todos, simplesmente
porque, perceptivelmente, nada sabemos nem sobre nós, muito menos sobre os
demais viventes, exceto voláteis e inconsistentes suposições.
Nesse terreno, o
máximo que se consegue, tateando na opacidade da existência física fugaz, poderia,
quiçá, ser ilustrado pela conhecida frase de J. Guimarães Rosa, tida erroneamente
apenas como jocosa: "Eu quase que nada sei. Mas
desconfio de muita coisa."