No transcorrer da difusão de seu
principal Telejornal em 28ago2018, inacreditável o escorregão vexatório da Rede
Globo relativamente às declarações do candidato militar Bolsonaro à Presidência
da República, segundo o qual essa emissora, pelo seu mandatário Roberto
Marinho, fato público e notório, declarou apoio incondicional à Revolução
Militar de 1964, também conhecida como Golpe Militar de 1964, que remonta a mais
de meio século.
Visivelmente embaraçada e não tendo
como esconder o óbvio, a emissora Rede Globo, no afã de tentar "consertar" sua postura de
1964, declarou no horário dito nobre de seu Telejornal que realmente esse apoio
explícito ocorrera, mas que no ano de 2013, através de Editorial, a mesma Rede
Globo teria desfeito o que fizera ou desdito o que dissera, isto é, verbalizando
que o referido apoio teria sido "um
erro".
A emissora Rede Globo conseguiu a
proeza de piorar muito sua reputação relativamente a esse episódio, por dois
vulcânicos motivos:
1. Soa como desajeitada anedota a
afirmativa de que esse conglomerado de televisão veio a meditar, raciocinar, entender ou concluir que errara ao apoiar a
Revolução ou Golpe Militar de 1964 somente no ano de 2013, ou seja, QUARENTA E
NOVE ANOS DEPOIS. Isso estala tal qual criancice ou puerilidade. Demorar
Quarenta e Nove Anos para "retirar" o apoio que dera à Revolução ou
Golpe Militar chega a ser risível!!!
2. E mais: A Rede Globo também deturpou ou tentou maquiar o fato inapagável de que também não é verdade que o
mandatário Roberto Marinho haja "voltado
atrás" em seu apoio à Revolução ou Golpe
Militar em 2013, simplesmente porque esse respeitável senhor falecera em
2003, ou seja, DEZ ANOS ANTES.
Em suma: O Sr. Roberto Marinho, ao
contrário das evasivas da emissora Rede Globo, JAMAIS retirou seu apoio à
Revolução ou ao Golpe Militar de 1964.
Por conseguinte, aquilo que milhões
de pessoas ouviram durante a entrevista do candidato Bolsonaro aos dois
ilustres Jornalistas do Jornal Nacional na data de 28ago2018 simplesmente,
além de não refletir a realidade, deixou a péssima impressão ou a já
sedimentada constatação de que os meios de comunicação, via de regra,
limitam-se a adotar o "jeitão"
que seja mais conveniente aos seus interesses.
E, na época da Revolução ou Golpe
Militar, o supremo interesse da Rede Globo era não colocar em risco sua posição
empresarial do ramo de Telecomunicações, por isso que preferiu propositadamente
"cometer o erro"(sic) de
manifestar seu incondicional apoio àquele episódio do militarismo brasileiro na
década de 1960. Quarenta e nove anos depois, e também em resguardo de seus "sagrados interesses" do momento, vem a público e manifesta solenemente que o referido apoio "fora um erro", e assim o faz ou fez porque não há mais situação de risco quanto
a sofrer represálias por parte dos que promoveram e encabeçaram a tal Revolução
ou o tal Golpe Militar de 1964.
Que a emissora Rede Globo não se sinta
constrangida ou, como perceptível, evidentemente desconfortável em relação a isso,
ao ponto de cometer essa gafe de forçar seus narradores do Jornal Nacional a "abrir aspas" e declamar, qual
composição poética, nota de retratação com a ânsia de tentar maquiar ou suprimir
o insuprimível. Pior ainda considerando que o ilustre mandatário desse conglomerado
de telecomunicação, se efetivamente mudara de opinião (direito inquestionável dele), não o pôde fazer, ele próprio,
em razão de seu passamento dez anos antes.
Apoiar a Revolução ou Golpe Militar
de 1964 não configura crime. Muitos outros e muitas outras também o fizeram.