Enquanto Hitler se posicionava franca e
abertamente como um ditador cruel e genocida, pregando com veemência o extermínio
de povos e a preeminência da assim chamada raça ariana, Calvino semelhantemente preconizava o derramamento de
sangue de todos quantos destoassem da por ele pretendida raça
reformada.
Nesse seu desígnio, assim bradava Hitler em livro rotulado como MINHA LUTA:
"Temos
de ser cruéis. Temos de recuperar a consciência tranquila para sermos
cruéis."
"Quanto
maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada."
"Que
sorte para os ditadores que os homens não pensem."
"O
Cristianismo é uma invenção de cérebros doentes."
Por seu turno, eis a marca registrada de João
Calvino, encontradiça no livro conhecido como INSTITUTAS DA RELIGIÃO CRISTÃ e registros históricos:
"Elas vêm muito a propósito para que OS INIMIGOS DA PURA E SÃ DOUTRINA SEJAM
DESBARATADOS, mormente em que, com seu
serpear sinuoso e insinuante, estas serpentes escorregadias se
escapolem, a menos que sejam ACOSSADAS COM VIGOR E, APANHADAS, SEJAM ESMAGADAS."
"...Não se pode aqui
QUESTIONAR A AUTORIDADE DO HOMEM, POIS É
DEUS QUEM FALA..."
"...Ele
exige de nós extrema severidade, DE TAL MANEIRA QUE NÃO
POUPEMOS NEM FAMILIARES NEM O SANGUE DE NINGUÉM,
E ESQUEÇAMOS TODA A HUMANIDADE QUANDO
SE TRATE DE COMBATER PARA A GLÓRIA DE DEUS."
Tal disposição de ânimo foi, inclusive,
reafirmada por João Calvino, com estas palavras
("HISTÓRIA DA IGREJA
CRISTÃ", Philip Schaff):
"...Quem agora argumentar que é
injusto matar hereges e
blasfemadores estará conscientemente e
voluntariamente incorrendo na própria culpa daqueles."
"...Whoever shall now contend that
it is unjust to
put heretics and blasphemers to death will knowingly and willingly incur their very
guilt."
A distinção entre ambos jaz precisamente no fato de que Hitler, orgulhosamente e autenticamente, se autoproclamava como um bárbaro sem qualquer tipo de vínculo comportamental ou fronteira de escrúpulos, enquanto que Calvino servia-se, como um manto, do pretexto da religião, ao ponto de apregoar-se como uma espécie de Enviado de Deus, encarregado de impor o castigo mortal àqueles que por ele fossem sumariamente "julgados" como hereges.