Em
conformidade com o pensamento calvinista, ou filosofia calvinista, também
chamada de doutrina calvinista da religião cristã, a união entre um homem e uma
mulher, POR MAIS ESTRANHO QUE POSSA PARECER, embora não seja decorrência do
acaso também não é resultante da escolha de um, ou de outro, ou de ambos; não
representa a realização de um sonho, não fora determinada por aconselhamento de
quem quer que seja; muito menos, defluiria da vontade ou gosto dos respectivos
pais.
Para
o gaulês João Calvino, para os que se identificam como calvinistas, para os
seguidores dessa teoria perceptivelmente fatalista, nenhuma pessoa se casa por
si mesma, ninguém escolhe ninguém para uma vida conjugal, não há esforço algum
que possamos empreender nesse sentido por efeito do qual atrairíamos a "alma
gêmea" para o
entrelaçamento matrimonial.
Não depende de nós mesmos nem o
casamento em si, nem o sucesso dele ao longo da vida
(dizem os religiosos desse
segmento).
Quer
casemos, quer não casemos, quer sejamos felizes durante o casamento por algum
tempo ou por toda a vida, quer adulteremos, quer percamos o respeito mútuo,
quer não haja mais motivação na vida a dois, quer mergulhemos no enfado
conjugal, quer preponderem agressões diárias verbais e físicas, quer nos divorciemos,
quer nos matemos; sim,
afirmam os adeptos da religião calvinista que todas ou qualquer dessas
variantes constituem nuanças indelevelmente esculpidas no decreto eterno de
Deus, cuja conseqüência trará sobre muitos apenas uma estirpe incompreensível
de culpa indesculpável, e, sobre outros, tão-somente o demérito de uma
igualmente inapreensível e imponderável absolvição.